“Seven”
vezes três
Por Vasco T. Menezes
O mundo é um lugar infernal, onde já
não há (quase) espaço para a esperança.
É esta a mensagem, tão brutal quanto deprimente, que
deixa transparecer “Seven – Sete Pecados Mortais”,
o título que hoje dá continuidade à Série
Y. O filme de David Fincher narra a história de um par inter-racial
de polícias, Somerset (Morgan Freeman) e Mills (Brad Pitt),
posicionados em pólos diametralmente opostos: o primeiro,
desencantado e a caminho da reforma; o segundo, a começar
a carreira e, por isso, (ainda) cheio de ideais. Vêem-se a
braços com a investigação de uma bizarra série
de assassinatos que recriam, de forma sórdida e sádica,
os sete pecados mortais, uma espécie de sermão perverso
praticado por um psicopata, John Doe (Zé Ninguém...),
que assim reage, com uma fúria “purificadora”,
contra os “vícios” do mundo moderno.
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