Deus das Moscas
William Golding


 


Prémio Nobel
1983


 

Este livro deu um filme
Do Homem ao Animal no Cinema
M.T.S.

O romance de William Golding, "O Deus das Moscas", foi objecto de duas adaptações homónimas ao cinema. A primeira é de 1963, foi realizada por Peter Brook - mais conhecido pela sua actividade como encenador teatral - e interpretada por jovens actores que nunca chegaram a vingar no "star system" hollywoodesco, como James Aubrey, Tom Chapin ou Hugh Edwards, entre outros nomes. Brook, que já tinha assinado uma outra adaptação de um romance de Marguerite Duras, "Moderato Cantabile", explora aqui o clima opressivo da violência infantil, captando a regressão ao estado primitivo através de um notável trabalho de fotografia a preto e branco.

Já o "remake", de 1990, dirigido por Harry Hook e contando com interpretações de actores igualmente desconhecidos (Balthasar Getty, Chris Furrh ou Danuel Pipoly), não convence na sua tentativa de reproduzir a luta pela sobrevivência e pelo poder que abarca o grupo dos rapazes perdidos na ilha deserta, preocupando-se sobretudo com o decorativismo da paisagem e focando, acima de tudo, a agressividade pré-adolescente dos mais rebeldes do bando.