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As declarações de Erdogan foram proferidas durante uma sessão de perguntas e respostas no centro de investigação Chatham House, em Londres, onde o chefe do Governo participou na cimeira do G20.

Para justificar a sua posição, o primeiro-ministro turco deu como exemplo o caso das caricaturas de Maomé, publicadas por um jornal dinamarquês em 2005, e que indignou o mundo muçulmano, incluindo a Turquia, causando protestos violentos.

Anders Fogh Rasmussen também é acusado por Erdogan de “não ter querido” proibir um canal de televisão curdo no seu país, considerado como uma montra dos rebeldes separatistas que combatem forças turcas.

Durante a cimeira que arranca hoje à noite e dura até amanhã, os 28 líderes da Aliança terão de escolher o sucessor de Jaap de Hoop Scheffer. O candidato em melhores condições é mesmo Rasmussen, mas a eleição poderá ter que ser adiada devido à resistência de Ancara.

O ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Radoslaw Sikorski, afirmou hoje que se retira da corrida – da qual nunca chegara a afirmar publicamente que fazia parte, apesar de ter sido apontado pelo primeiro-ministro, Donald Tusk.

Os outros concorrentes para o cargo são o seu homólogo norueguês, Jonas Gahr Stoere, e o antigo ministro britânico da Defesa, Des Browne.