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A série Y, colecção de DVD do PÚBLICO, está a entrar nos últimos dois meses e o final promete ser em beleza: Cronenberg, Larry Clark, Altman, Woody Allen, Peter Jackson ou os irmãos Coen.

A Série Y pode estar a entrar nos últimos dois meses, mas a colecção de DVD do PÚBLICO apresenta ainda motivos de interesse de sobra: depois de por aqui já terem passado títulos incontornáveis dos anos 90, como “Jackie Brown” e “Sete Pecados Mortais”, e autores consagrados da estirpe de Quentin Tarantino e David Fincher, é altura de mais ilustres convidados, entre os quais David Cronenberg, Woody Allen ou Peter Jackson, fazerem a sua estreia e de repetentes sempre bem-vindos como os irmãos Coen ou Joaquim Leitão voltarem a dar um ar da sua graça. O mote para um final em beleza é dado já hoje, com o delirante (e viciante) jogo que é o penúltimo filme de Cronenberg, “eXistenZ” (1999). O canadiano volta a fazer aqui dos limites do humano e do cruzamento entre o corpo e a tecnologia os seus cavalos de batalha, desta vez num registo mais “light” do que o habitual, às voltas com jogos de computador e a realidade virtual. E se nesse filme a americana Jennifer Jason Leigh tem como “partenaire” o inglês Jude Law, no título seguinte da série Y, “Um Casamento Atribulado” (2001), a habitualmente fria actriz volta a encontrar outro súbdito de Sua Majestade, Alan Cumming, numa obra realizada, escrita e produzida a meias pela dupla de actores. Jennifer e Alan interpretam um casal de celebridades que resolve dar uma festa de aniversário para celebrar os seis anos de um casamento que já conheceu melhores dias. Durante as próximas horas, vêm ao de cima confissões inesperadas e são revelados segredos... É uma espécie de Dogma à americana, em imagem digital, quase um “home movie” entre amigos, que por acaso são vedetas como Gwyneth Paltrow ou Kevin Kline e “habitués” da cena independente, como Parker Posey, Jennifer Beals ou Matt Malloy. Já que falamos em independências, convém mencionar “Sangue Por Sangue” (1984), um dos marcos absolutos do “indie cinema” dos anos 80. O terceiro filme dos Coen na colecção é também o seu primeiro, onde demonstravam já o seu amor pela tradição “noir”, com os códigos do “filme negro” a serem transportados, através de uma intriga labiríntica, para o interior do Texas. Se avançarmos no tempo uma década, encontramos outro momento marcante do cinema independente americano, “Miúdos” (1995), a primeira experiência na realização do fotógrafo Larry Clark. São 24 horas nas vidas de um grupo de alienados “kids” de Nova Iorque deixados à deriva e um olhar polémico e sem concessões sobre o inferno da adolescência. De um autor com uma ainda curta carreira cinematográfica (apesar dos seus 60 (no papel de um atarantado encenador) a liderar um elenco maravilhoso, onde se destacam as deliciosas caricaturas compostas por Dianne Wiest (insuportável vedeta da Broadway) e Jennifer Tilly (pseudo-actriz sem talento). Mas se Allen olha para as suas personagens com ternura, a visão de Altman sobre o mundo da moda é impiedosa e cruel, com o eterno rebelde iconoclasta a fazer desfilar uma multiplicidade de histórias à volta de um “show” parisiense. Também aqui o “cast” é de luxo (épico, dir-se-ia mesmo) e vai de Julia Roberts e Kim Basinger a Lauren Bacall, passando ainda por Marcello Mastroianni e Sophia Loren. Tempo ainda para uma incursão por territórios mais exóticos, como é o caso da Nova Zelândia e do cinema de Peter “Senhor dos Anéis” Jackson. “Amizade Sem Limites” (1994) é uma obra vibrante e febril, onde duas raparigas, a braços com as dores do crescimento, constróem um mundo secreto de fantasia. O filme assinalou uma ruptura na carreira de Jackson – até aí caracterizada por uma alucinante profusão de sangue e tripas – trazendo-lhe finalmente “caução artística” fora do circuito marginal do cinema de terror. Por fim, “last but not least”, a estreia em DVD de mais dois títulos portugueses, à semelhança do que já acontecera com os anteriores “Tentação”, “Uma Vida Normal” e “Zona J”. São eles “Sinais de Fogo” (1995), a adaptação que Luís Filipe Rocha fez do romance de Jorge de Sena, e “Adão e Eva” (1995), um dos maiores sucessos comerciais portugueses de sempre e o capítulo intermédio de uma trilogia da autoria de Joaquim Leitão, com Joaquim de Almeida como protagonista (e que tem “Uma Vida Normal” e “Tentação” os seus outros dois vértices).

 

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