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Beethoven e Schubert
Almas
Extraordinárias
Duas sinfonias, dois grandes compositores. Ludwig van Beethoven e Franz
Schubert têm em comum a genialidade artística, a relação problemática
com a figura paternal e o insucesso no amor.
Ludwig van Beethoven revolucionou a composição sinfónica, tal como cada
género musical a que se dedicou. É, sem dúvida, um dos génios mais importantes
da história da música e o volume 22 da Colecção Royal Philharmonic apresenta
uma das suas grandes sinfonias, a Quinta, juntamente com a Sinfonia nº
8 em Si Menor de Franz Schubert, onde a influência do músico alemão é
visível. Ambos se interessaram desde cedo pela música. Nascido em Bona
(Alemanha), Beethoven era filho e neto de músicos, pelo que iniciou os
seus estudos ainda criança. Teve vários mestres - o tenor Tobias Pfeiffer,
o violinista Rovantini, os professores Aegidius van den Eeden e Christian
Gottlob Neefe. Por sua vez, o austríaco Schubert também pertencia a uma
família vocacionada para a música. Começou a estudá-la com os seus irmãos
Ignaz e Ferdinand, mas rapidamente o seu primeiro professor descobriu
que não sabia mais o que lhe ensinar. Aos dez anos entrou para a escola
da Capela Imperial e Real de Viena e, três anos depois, já tinha composto
vários quartetos de corda e sinfonias. Ler
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PRÓXIMO
COMPOSITOR |
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ROBERT
SCHUMANN
Hector
Berlioz
Na opinião do musicólogo Eduardo Rincón, Berlioz foi "um vendaval
que percorreu a música francesa", cuja força é apenas comparável
ao poeta, escritor e pintor Victor Hugo. Filho de um médico, Hector
Berlioz nasceu na pequena localidade de La Côte-Saint-André (França)
em 1803 e, influenciado pelo pai, foi estudar Medicina para Paris
em 1821. Mas um ano depois optou por dedicar-se à música e os seus
mestres foram Le Seur e Reicha. Compôs uma das suas primeiras obras,
a Missa Solene, em 1824 e a estreia foi paga por ele próprio. Três
anos mais tarde, viu pela primeira vez Harriet Smithson, que interpretava
Ofélia numa adaptação de Hamlet no Teatro Òdeon. Apaixonado por
Shakespeare, encontrou na actriz a sua musa inspiradora e criou
a Sinfonia Fantástica para homenageá-la. Casaram-se em 1833, mas
a separação foi inevitável. A cantora Maria Recio tornouse amante
de Berlioz a partir de 1841 e acompanhou-o nas suas viagens pela
Europa, enquanto o compositor apresentava as suas obras na Alemanha,
Grã-Bretanha, Áustria e Rússia. Apesar do sucesso internacional,
era esquecido em França e, para sobreviver, tinha de trabalhar como
crítico musical. O reconhecimento público regressou nos últimos
anos da sua vida, quando já estava doente. Morreu a 8 de Março de
1869 na capital francesa.
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