Piotr Ilich Tchaikovsky

Tchaikovsky foi o mais importante sinfonista russo da sua geração e um apaixonado pelo teatro e pela dança. Pós-romântico e incompreendido, nunca conseguiu viver um “amor completo” e foi acusado de gostar mais da música alemã do que da russa

“Sinfonia Patética” é um “enigma”, no qual o mais importante compositor russo da sua geração, Piotr Ilich Tchaikovsky, afirmou ter posto “toda a alma”. Escrita num tempo recorde — em menos de um ano —, a sinfonia teve a sua estreia em 1893, em São Petersburgo, e é uma das criações mais populares do sinfonista. Esta obra e a divertida “Marcha Eslava” são as duas composições seleccionadas para o segundo volume, dedicado a Tchaikovsky, que será editado amanhã pela Colecção Royal Philharmonic do PÚBLICO. Ler »


Piotr Ilich Tchaikovsky

Quando completou a composição de “Sinfonia Patética”, Tchaikovsky confessou: “Não exagero se disser que pus toda a minha alma nessa obra.” Feita num tempo recorde — em menos de um ano —, a sinfonia teve a sua estreia em 1893 em São Petersburgo, e recebeu os aplausos do público e da crítica, embora sem grandes entusiasmos.
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PRÓXIMO COMPOSITOR

Antonín Dvorák

É um dos nomes mais importantes do nacionalismo musical checo por ir buscar referências às melodias populares da sua região. Nas composições de Antonín Dvorák (1841-1904) sente-se ainda o desejo de alcançar uma linguagem romântica próxima da de Brahms e Wagner, sem esquecer a riqueza temática. Foi um mestre na criação de músicas alegres e um homem viajado e reconhecido mundialmente — chegou a ser director do Conservatório de Nova Iorque durante três anos. Logo em criança, Dvorák evidenciou mais talento para tocar órgão do que para o ofício de talhante, tal como desejava o seu pai, um humilde comerciante de uma aldeia perto de Praga. Para aprofundar os seus conhecimentos artísticos sem causar despesas, trabalhou como violinista numa cervejaria da sua cidade-natal e contactou de perto com a música folclórica do seu país. Em 1862, conseguiu um lugar como violinista na Orquestra Nacional de Praga e a vontade de evoluir como compositor levaram-no até Viena, onde conheceu o músico Johannes Brahms, que o ajudou e o recomendou ao seu editor. Foi neste período que Dvorák publicou algumas das suas sinfonias — as duas primeiras datam de 1865 — e as “Danças Eslavas”. A sua maior paixão, a ópera, foi também o estilo musical onde o artista conservou com maior pureza a veia nacionalista (realçada pelo uso da palavra). De entre os 11 trabalhos que compôs neste género, o mais conhecido é “Rusalka”, criado já perto do final da vida, em 1900. No seu catálogo musical destacam-se ainda “Requiem”; alguns poemas sinfónicos como “Ondina”, “A Roca de Ouro”, “A Pomba” e “Carnaval”; o Concerto para violoncelo e orquestra; e alguns quartetos de cordas. Em 1892, numa época em que alguns dos mais prestigiados talentos europeus eram solicitados para colaborar no ensino e no desenvolvimento cultural norte-americano, Dvorák foi convidado para dirigir o Conservatório Nacional de Nova Iorque. Nesse período longe de casa, acabou por criar aquele que é o seu trabalho mais admirado: a nona sinfonia, conhecida como “Sinfonia do Novo Mundo”. Sobre esta obra, estreada em 1893 no Carnegie Hall, Dvorák dissertou: “Apenas me quis moldar aos temas e particularidades da música negra e dos peles vermelhas e, recorrendo a estes aspectos como assunto de partida, desenvolvi- os por meio dos recursos naturais do ritmo, do contraponto, do timbre orquestral e da harmonia actual.”