Quarta-feira,
19 de Janeiro |
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"Cabana do Pai Tomás " - o livro que levou ao fim da escravatura americana
O Pai Tomás é um santo, mas os militantes da emancipação negra dos anos 60 teriam preferido um herói.
Não há muitos livros que tenham vivido uma vida tão atribulada como "A Cabana do Pai Tomás". Publicado entre 1851 e 1852 sob a forma de folhetim, num jornal antiesclavagista moderado, "National Era", e recusado pelos primeiros editores a quem foi proposto sob a forma de livro, "A Cabana do Pai Tomás" acabaria por ser editado nesse formato a 20 de Março de 1852. O livro vendeu dez mil exemplares na primeira semana de vendas nos Estados Unidos e 300.000 exemplares no primeiro ano. Na Grã-Bretanha, no primeiro ano de edição, venderia um milhão e um segundo milhão nas suas várias traduções em diversos países. Segundo as suas próprias palavras, Harriet Beecher Stowe esperava ganhar com a obra o suficiente para comprar um vestido novo, mas os primeiros três meses de vendas renderam-lhe a soma de 10.000 dólares - uma pequena fortuna. |
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"Cabana do Pai Tomás "
Escrita numa época em que a escravatura era uma realidade na América (1850-1852), a obra mais famosa da abolicionista Harriet Beecher Stowe tornou-se num símbolo poderoso de libertação. A família Shelby vê-se a braços com problemas financeiros e para Arthur, o patriarca, a solução é vender dois escravos ao Sr. Haley, um comerciante.
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Livros que nos transportam para
o plano da aventura da fantasia, da descoberta e da ficção, apelando
à imaginação de cada leitor para criar as imagens, as personagens
e os cenários. |
PERFIL
Quem é Harriet Beecher Stowe?
Harriet Beecher Stowe
nasceu em 1811, nos EUA.
Era filha do pregador
evangelista Lyman Beecher
e durante alguns
anos trabalhou como
professora. A sua primeira
publicação foi um
livro sobre geografia para
crianças. Em 1836, casou
com um professor de teologia,
Calvin Stowe. Durante
a vida, Harriet escreveu
poemas religiosos, livros
de viagens, histórias para
jornais locais, romances
para crianças e também
para adultos. Conheceu e
correspondeu-se com Lady
Byron, Oliver Wendell
Holmes e George Eliot.
“A Cabana do Pai Tomás”
é o seu livro mais conhecido
e um poderoso símbolo
de liberdade: a exaltação
de princípios contra a escravidão
contribuiu para
precipitar a Guerra Civil
Americana. Após a publicação
deste livro, Harriet
foi convidada para falar
sobre a escravatura na
América e também na
Europa. Em 1856, publicou
uma segunda novela
sobre o tema, “Dred”. A
abolicionista Harriet Beecher
Stowe morreu com 85
anos, em 1896, em Hartford
Conneticutt. |
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