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esquina-de-cima.gif (265 bytes)
logo-poema-texto-vertical.gif (1150 bytes) template SONETO DA ARCA DA ALIANÇA

Não contemos os anos, mas as noites
e as madrugadas e as manhãs e as tardes.
Não contemos o rio mas o barro,
as gotas d'água, as roças, os cajueiros.

Não contemos as dores mas o Cristo.
Nem quanto sangue nosso se perdeu
mas o jogo, a conversa, a gargalhada
que cantou infantil em nossa casa.

Barra do dia quando os trens acordam
venha de novo nos lavar a vida
e somar as canoas do Levante.

Seja o número em nós desfeito em canto
e nas cercas da beira dos caminhos
a rosa aponte os arcos sobre o mar

ODYLO COSTA FILHO
in "Boca da Noite"
1979

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