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VELUT UMBRA

Fumo e cismo. Os castelos do horizonte
Erguem-se à tarde e crescem, de mil cores,
E ora espalham no Céu vivos ardores,
Ora fumam, vulcões de estranho monte...

Depois, que formas vagas vêm de fronte
Que parecem sonhar loucos amores?
Almas que vão, por entre luz e horrores,
Passando a barca desse aéreo Aqueronte...

Apago o meu charuto quando apagas
Teu facho, ó Sol... ficamos todos sós....
É nesta solidão que me consumo!

Ó nuvens do Ocidente, ó coisas vagas,
Bem vos entendo a cor, pois como a vós,
Beleza e altura se me vão em fumo.


ANTERO DE QUENTAL
in "Sonetos"
Livraria Sá da Costa Editores
3ª edição, 1961
287 páginas
860$00

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