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FRÉMITO DO MEU CORPO

Frémito do meu corpo a procurar-te.
Febre das tuas mãos na minha pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doido anseio dos meus braços a abraçar-te,

Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel.
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e farte!

E vejo-te tão longe! Sinto a tua alma
junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que me não amas...

E o meu coração que tu não sentes
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas.

FLORBELA ESPANCA
in "Sonetos"
Ed. Bertrand, 1995
220 páginas
1857$00

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