No mundo exigente em que vivemos, onde todos somos diariamente chamados a enfrentar e a vencer diversos desafios e obstáculos, parece-nos que a escola deveria ser, contínua e exemplarmente, um local de aprendizagem e de preparação para essa realidade.
À escola deveria ser exigido um clima de rigor e de trabalho, onde todos se sentissem empenhados na aquisição efectiva de conhecimentos e no desenvolvimento das competências essenciais para os desafios do mundo moderno. Nesta perspectiva, parece-nos, pois, por um lado, que a existência de exames a nível nacional nas várias disciplinas permitiria ao aluno não só encará-lo como corolário a curto prazo das suas aprendizagens, bem como encontrar uma razão significativa e válida justificativa do seu empenho ao longo dos diferentes anos de escolaridade. Por outro lado, os professores sentir-se-iam igualmente reconhecidos não só como transmissores de conhecimentos, e com uma motivação acrescida, ao verificar que o seu trabalho fora acolhido com maior abertura, interesse e empenho pelos seus alunos.
Os exames nacionais deveriam, ainda, ser entendidos como um dispositivo de auto-avaliação do próprio sistema educativo, a partir dos quais se desencadearia uma análise cuidada e reflexiva sobre as reais aprendizagens dos alunos e, consequentemente, se implementariam medidas de superação e remediação para as falhas detectadas.
Em conclusão, resta-nos, apenas, reforçar que os exames nacionais deveriam ser vistos, a par da avaliação contínua e formativa, como mais um instrumento de avaliação do processo de ensino-aprendizagem, sinónimo de rigor, exigência e trabalho capaz de fazer face aos desafios do mundo actual.
Membro da Direcção da Associação Portuguesa de Professores de Alemão