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Avaliações

15.07.2010 - 10:25 Por Raquel Pereira Henriques, Filomena Ferro Pontífice

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Qualquer exame é sinónimo de avaliação. E esta é, sem dúvida, um processo de controlo não só dos alunos mas também dos professores e, igualmente, dos responsáveis pela política educativa, podendo contribuir para aperfeiçoar, reformular ou dar consistência ao sistema, justificá-lo.

Em anos anteriores à massificação escolar, que trouxe à escola alunos de famílias muito diversificadas, seria certamente mais simples certificar as aquisições efectuadas, as competências desenvolvidas através de exercícios de avaliação quer ao longo do ano lectivo, quer nos exames finais. As turmas de meados do século XX acabavam por constituir, apesar de tudo, um todo mais homogéneo, facilitando a selecção das metodologias de trabalho e, obviamente, das avaliações, dado que umas e outras se condicionam mutuamente. Essa situação foi-se alterando sobretudo a partir de 1960 e acentuou-se fortemente na década seguinte, originando uma permanente reflexão sobre as modalidades de avaliação, sobre a pertinência de umas em detrimento de outras e, em última instância, sobre as práticas educativas, uma vez que a avaliação deve ser consistente com aquelas.

Mesmo assim, no que dizia respeito aos resultados desses exames, nem sempre correspondiam ao que deles se esperava, embora não devamos esquecer que houve políticas que restringiam o acesso à escolaridade secundária e mesmo a sua conclusão, atendendo a que interessava na época seleccionar grupos sociais e reproduzir o seu poder. A 3ª série da revista Labor – revista de ensino liceal, publicada entre 1951 e 1971, apresenta anualmente diversos resultados de exames finais. Em Maio de 1959 revela-nos, por exemplo, informações sobre os resultados negativos da primeira chamada dos exames do então segundo ciclo de História, obtidos em 1958, em duas escolas centrais de Lisboa: 43,18% no Pedro Nunes e 79,29% na Rainha D. Leonor. Estas percentagens originavam artigos inflamados nos jornais de então e, por isso, é igualmente comum o desalento perante essas reacções, perante esse julgamento constante, originando respostas em que referiam as dificuldades que tinham em conciliar um trabalho que cumprisse os programas, que interessasse os alunos pelas disciplinas e que os preparasse para o tipo de avaliações a que iam ser sujeitos, de modo a não comprometer os resultados.

É necessário que a avaliação privilegie o processo, o trabalho efectuado ao longo do ano lectivo mas, se os resultados não forem dissonantes com o que se passou noutras disciplinas ou mesmo noutras escolas, tende-se a legitimá-los, tal como se tende a insistir nas práticas desenvolvidas. A verdade é que em muitos critérios de avaliação, elaborados por departamento ou área curricular, continua a atribuir-se uma maior percentagem às avaliações sumativas, ou seja, ao que vulgarmente se apelida de “testes”. Também os exames têm correspondido a avaliações finais sobre a aquisição de conhecimentos, o que significa que têm avaliado a quantidade de saberes, mais do que a capacidade de raciocinar sobre esses saberes, e só muito recentemente se tem procurado alterar essa característica.

No ensino secundário actual, o Programa de História A define linhas orientadoras da avaliação, refere que a avaliação interna deve garantir o acompanhamento da progressão do trabalho a realizar e que, por isso, deve ser sensível aos processos e não apenas aos produtos, atribuindo, desta forma, um importante peso à sua função formativa. Considera-se que esta perspectiva formativa não deve ser incompatível com uma avaliação sumativa, já que a escola tem que ser entendida como um todo que forçosamente terá que responder às necessidades da sociedade. Assim, justifica-se a obrigatoriedade de uma avaliação sumativa interna e externa, prevendo-se, por isso, a existência de um exame no final do 12º ano.

Pelo que atrás foi referido, percebe-se que esta avaliação externa final acaba forçosamente por regular uma significativa parte do processo de ensino-aprendizagem desenvolvido ao longo dos três anos do ensino secundário, fazendo com que professores e alunos adaptem o seu trabalho em função das características que revela, fazendo destas avaliações não só importantes meios reguladores mas, também, potenciadores de alterações que se queiram implementar nas metodologias de trabalho.

Membros da Associação de Professores de História

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Nota Final 2010

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Ensino básico - 2ª chamada

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Ensino secundário - 1ª fase

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