A União Europeia considera como positiva uma proposta da Etiópia – em nome das nações africanas – para um fundo progressivo para os países pobres enfrentarem os desafios das alterações climáticas.
A proposta, apresentada ao princípio da tarde pelo primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, contempla o já praticamente acordado montante inicial de 10 mil milhões de dólares (6,9 mil milhões de euros) anuais entre 2010 e 2012. Deste montante, 40 por cento deveria ser reservado para os países africanos, segundo a proposta. O dinheiro seria gerido pelo Banco Africano de Desenvolvimento.
Para o médio prazo, a proposta da Etiópia fixa em 50 mil milhões de dólares por ano (34 mil milhões de euros) os investimentos a partir de 2015 de 100 mil milhões de dólares anuais (69 mil milhões de euros) a partir de 2020.
O dinheiro deverá provir de “mecanismos criativos de financiamento”, sem nenhuma excepção à partida.
Meles Zenawi reuniu-se esta tarde com Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, e com Fredrik Reinfeldt, primeiro-ministro da Suécia, país que detém a presidência rotativa da UE.
“Eles nos asseguraram que encaram positivamente a nossa proposta”, disse Zenawi, numa conferência de imprensa conjunta. Durão Barroso e Fredrik Reinfeldt congratularam-se com a iniciativa africana, como uma contribuição para a negociação de um acordo em Copenhaga.
A proposta aborda um dos temas mais polémicos da cimeira de Copenhaga. Até agora, os países estão praticamente de acordo quanto a um fundo rápido, para os próximos três anos. Mas para o longo prazo, há muitas divisões e as perspectivas de um acordo agora são limitadas.
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