A delegação norte-americana anunciou hoje, durante a conferência de Copenhaga, que os Estados Unidos estão disponíveis para contribuir para o fundo que irá ajudar os países mais pobres a adaptarem-se aos impactos das alterações climáticas. Além disso, comprometeu-se com "negociações robustas" para um acordo global.
No entanto, os responsáveis norte-americanos sublinharam que não estão em dívida para com o mundo nem devem pagar pelos séculos de poluição atmosférica com dióxido de carbono.
Avisaram ainda que a China, com a sua economia crescente, não será beneficiária de qualquer ajuda norte-americana, mesmo que o peso-pesado asiático seja considerado pelas Nações Unidas um país em desenvolvimento.
Estas declarações foram feitas hoje em conferência de imprensa por três responsáveis da administração Obama, chegados a Copenhaga.
“Estamos à procura de um compromisso robusto com os nossos parceiros em todo o mundo”, comentou Lisa Jackson, responsável pela Agência de Protecção Ambiental norte-americana (EPA, sigla em inglês). “Queremos evitar a rápida aproximação das alterações climáticas”, acrescentou.
Todd Stern, o enviado especial para o clima do Presidente Barack Obama, garantiu aos jornalistas que os Estados Unidos vão contribuir para um fundo dedicado a ajudar os países em desenvolvimento a lidar com os problemas climáticos. Mas, disse, “não estou a ver financiamentos públicos dos Estados Unidos a irem para China”. “Não consideramos a China como o primeiro candidato” a estas ajudas.
Nos últimos dois dias, os delegados chineses em Copenhaga têm sido muito críticos da meta norte-americana de reduzir 17 por cento as emissões até 2020, a níveis de 2005. O chefe da delegação chinesa, Xie Zhenhua, disse à agência Reuters esperar que Obama possa apresentar uma meta mais ambiciosa em Copenhaga.
Ainda assim, os países que receberem financiamento dos Estados Unidos não o devem considerar como um sinal de que a maior economia do mundo é culpada pelo seu crescimento numa altura em que o dióxido de carbono não era tido como ameaça para o planeta. “Reconhecemos o nosso papel na história ao colocar as emissões na atmosfera. Mas rejeitamos categoricamente o sentimento de culpa”.
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