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   Serie Y
  Austin Powers

Austin Powers 000, agente secreto
Por Vasco T. Menezes

Escatológico, ordinário e de um mau gosto a toda a prova, "Austin Powers, o Agente Misterioso" é também uma das comédias mais divertidas dos últimos tempos. Responsável? O canadiano Mike Myers. É favor deixar os preconceitos à porta.
Para começar, um simples exercício mental: se pegarmos nuns óculos com lentes garrafais, em roupas psicadélicas compradas na Carnaby Street de Londres e nuns dentes muito podres e juntarmos tudo, qual é o resultado? A resposta não podia ser mais fácil: Austin "Danger" Powers (ou, se preferirem, Mike Myers).
Fotógrafo "playboy" de renome, é também o melhor (e mais "cool") agente secreto britânico dos anos 60. Pelo menos até 1967, quando a fuga para o espaço e posterior congelamento criogénico do seu arqui-inimigo, Dr. Evil (ou, mais uma vez, Mike Myers), o levam a submeter-se ao mesmo processo. O motivo? Poder travar novamente os planos do megalómano terrorista internacional quando ele reaparecer.
Esse dia acaba por chegar, passados 30 anos: com a ajuda de armas nucleares roubadas e a partir do covil que mantém algures no deserto do Nevada, Dr. Evil sequestra todo o planeta, em troca de uma soma exorbitante. Powers regressa então ao serviço de Sua Majestade, com a difícil tarefa de se adaptar aos estranhos anos 90...
Paródia arrasadora aos filmes de espionagem
A série Y prossegue com um delírio "chunga" que é uma ode ao lado mais "trash" da cultura popular. "Austin Powers, O Agente Misterioso" (1997), de Jay Roach, é uma paródia arrasadora aos filmes de espionagem em que os anos 60 foram pródigos.
O "irresistível para as mulheres, mortífero para os inimigos" de James Bond é aqui levado ao extremo, na figura do excitável espião, um indefectível "swinger" com uma libido insaciável. Se 007 é o modelo primordial, juntam-se ainda uns pozinhos de Harry Palmer, o agente secreto interpretado por Michael Caine, e um cheirinho do David Hemmings de "Blow Up".
Já o hilariante Dr. Evil, careca, desfigurado e sempre com um inseparável gato ao colo, recorda de forma óbvia a "bête noire" de Bond, Blofeld. São caricaturas (tal como a primeira parceira de Austin, Mrs. Kensington, algures entre a Moneypenny dos filmes de Bond e a Emma Peel da série "Os Vingadores"), com o único propósito de remeter constantemente para algo que já conhecemos ou vimos noutro lado (a dada altura, ouve-se o imortal "Secret Agent Man" de Johnny Rivers, tema da clássica série protagonizada por Patrick "Danger Man" McGoohan).
Este pós-modernismo anda de mãos dadas com a recusa liminar do politicamente correcto: em "Austin Powers..." tudo se goza, tudo é permitido e nada é impossível. É essa anarquia libertária que torna irresistível e refrescante o filme, dono de um humor absurdo que tudo pulveriza e tritura, numa colecção frenética de trocadilhos, chalaças e duplos sentidos (quase sempre sexuais). Mau gosto e ordinarice? Sim, mas isso não implica que Myers (autor do argumento) não saiba construir "gags" deliciosos...

 
  Cinecartaz

  - Veja aqui a ficha do filme "Austin Powers" no Cinecartaz

 
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  Trailer

 

Trinta anos após ter sido submetido a criogenização, no cume da sua fama, Austin (Mike Myers) está a ser descongelado para enfrentar o seu arqui-inimigo, Dr. Evil. Com a ajuda da multinacional Virtucon, o Dr. Evil tem novamente o mundo como refém, desta vez com o perigoso projecto Vulcano... Austin integra a força ao lado de Vanessa Kensington (Elizabeth Hurley), filha do seu colega dos anos 60.

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