Uma viagem
pela importância
dos abraços


Em média, um abraço dura pouco mais de três segundos (3,17 segundos, para sermos exactos), mas sabemos que esses instantes podem ter efeitos terapêuticos e até tornar-se inesquecíveis. Junte-se a nós nesta viagem e perceba como um gesto tão simples pode ser tão poderoso.
Abraçar antes de dormir ajuda a relaxar o cérebro e reduzir o stress, tornando mais fácil adormecer. Esta é a conclusão de um recente estudo sobre o abraço, que confirma o seu extraordinário poder. Outro estudo demonstrou que abraçar antes de subir a um palco pode tornar o momento de falar em público menos stressante: ajuda a baixar a tensão arterial e os batimentos cardíacos em momentos tensos.


A história do “Dia do Abraço”
Pela imediata sensação de conforto que oferece, o abraço surge muitas vezes como a resposta a uma necessidade primordial de consolo. E por isso, a sua privação pode gerar o efeito contrário: perda e desorientação. Foi o que sentiu Juan Mann, o australiano que viria a fundar o “Dia do Abraço”. As versões desta história divergem, mas conta-se que, em 2004, Juan Mann, que vivia e trabalhava em Londres, foi obrigado a deixar tudo e voltar à sua terra natal, em Sidney. Tudo o que queria, à chegada, era um abraço – mas não havia ninguém à sua espera. Por isso, um dia escreveu “Free Hugs” (abraços grátis) num cartão e posicionou-se num dos lugares mais movimentados da cidade. Após alguma estranheza, algumas pessoas começaram a aceitar a oferta. O dia desse famoso movimento, 22 de Maio, tornou-se o Dia do Abraço.
Se Juan Mann fosse português, provavelmente esta história seria diferente. É que nós somos um povo de afectos, especialmente depois da pandemia. Segundo um estudo recente, seis em cada dez portugueses valorizam agora mais os abraços, beijos e outras demonstrações de carinho do que antes. Portugal fica à frente da Espanha (57%), Roménia (43%) e Polónia (41%).
Os abraços são de tal forma parte da nossa natureza que, se quisermos viajar pelos abraços mais icónicos da História, temos tantos exemplos no nosso país que podemos começar precisamente por aí.

Os mais emocionantes e inesquecíveis abraços em Portugal
19 de Julho de 1971
O ciclista português Joaquim Agostinho é recebido com grande alegria no aeroporto da Portela, em Lisboa, depois de ter conquistado o quinto lugar da classificação geral na 58ª edição da “Volta à França em Bicicleta”. Em entrevista à RTP, ainda no aeroporto, o próprio repórter não resiste e abraça com efusividade o ciclista. Foi a primeira vez que um ciclista alcançou um dos lugares cimeiros na competição “Volta à França em Bicicleta”.
10 de Maio de 1988
No ano de 1988, a 10 de Maio, centenas de pessoas, entre familiares e populares, esperavam Rosa Mota no aeroporto de Pedras Rubras, no Porto, depois de a atleta portuguesa ter vencido a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Seul. Segue depois ao encontro de Mário Soares, Presidente da República, que a recebe com um longo abraço. Foi a primeira portuguesa a tornar-se campeã Olímpica.
Presente nos momentos mais especiais, a TAP transportou inúmeros atletas medalhados. Vinte e oito anos depois de Rosa Mota, a TAP transportou, em Julho de 2016, Patrícia Mamona, Sara Moreira e Dulce Félix, medalhadas nos 23.ºs Campeonatos da Europa de atletismo.
14 de Maio de 2017
Uma multidão ao rubro repete, a plenos pulmões, o nome de Salvador Sobral enquanto aguarda a chegada do cantautor português, depois de este ter vencido a edição de 2017 do “Festival Eurovisão da Canção”, em Kiev, na Ucrânia, com o tema “Amar Pelos Dois”, escrito pela irmã, Luísa Sobral. Foi a primeira vez que Portugal venceu o “Festival Eurovisão da Canção”.
Abraços icónicos pelo mundo
O abraço de Barack e Michelle Obama
Após a reeleição de Barack Obama em 2012, o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) publicou nas redes sociais uma fotografia do abraço de celebração com a mulher, Michelle Obama. A fotografia do abraço do casal acabou por bater recordes e tornar-se a publicação com mais “gostos” e a que mais vezes foi partilhada no Twitter, de sempre. Desde o momento em que foi publicada, no Facebook, mais de 3,23 milhões de pessoas clicaram no botão “gosto” na fotografia e partilharam 400 mil vezes; no Twitter, foi partilhada 700 mil vezes.
"O primeiro abraço"
Um dos gestos mais adiados durante os longos anos de pandemia de Covid-19: o abraço. É sobre esse regresso aos abraços que retrata a fotografia vencedora da edição de 2021 do “World Press Photo”. Em plena pandemia, o trabalho do fotógrafo dinamarquês Mads Nissen emocionou o mundo e conquistou o júri da competição anual “World Press Photo”. Intitulada “The First Embrace” (“O Primeiro Abraço”), mostra uma mulher de 85 anos a ser abraçada por uma enfermeira através de um plástico, num lar de terceira idade em São Paulo, no Brasil, a 5 de Agosto de 2020.

Viajar ao encontro de um abraço
Se os abraços estão intimamente ligados às viagens (não há partidas nem chegadas sem abraços, especialmente em Portugal), também é verdade que há destinos cujos cartões-de-visita são abraços – e são autênticos ícones da História da humanidade, pelo que é obrigatório visitá-los, pelo menos uma vez na vida. Vamos conhecer alguns exemplos.
“Cristo Redentor”, no Rio de Janeiro, Brasil:
Não há quem não conheça o “Cristo Redentor”, uma estátua “art déco” que retrata Jesus Cristo, situada no topo do morro do Corcovado. De braços abertos, a 709 metros acima do nível do mar, parece abraçar a cidade brasileira do Rio de Janeiro.
Quadro “O Beijo”, de Gustav Klimt, em Viena de Áustria:
O quadro “O Beijo” é a obra mais famosa do pintor austríaco Gustav Klimt. A tela mostra um casal apaixonado, envolvido num abraço e num beijo, num momento de absoluta cumplicidade. A obra “O Beijo” integra a colecção permanente do Belvedere Palace Museum, em Viena.
Escultura “O Beijo”, de Auguste Rodin, em Paris:
A escultura “O Beijo”, do famoso artista francês Auguste Rodin, mostra um homem e uma mulher abraçados num beijo e terá sido inspirada na sua paixão, a assistente Camille Claudel. A escultura pode ser visitada no Museu Rodin, em Paris.




Vamos abraçar o mundo?
No dicionário de Língua Portuguesa, “abraçar” significa “cingir com os braços”, “compreender; estender-se a”, “admitir, aceitar, seguir”: é o que fazemos quando nos lançamos para o desconhecido com vontade de aprender, a cada viagem ou escapadinha. Vale a pena abraçar destinos diferentes, para lá do óbvio, e regressar com mil e uma histórias para contar. Aponte as nossas sugestões.

Maceió, Brasil. Que tal fugir aos roteiros habituais e conhecer uma cidade do interior brasileiro, de ritmo tranquilo, uma autêntica pérola por descobrir? Protegida por um recife, na costa de Maceió, a capital do estado de Alagoas, encontra inúmeras praias de areia branca. Atreva-se a conhecer outros lugares no Brasil fora dos programas mais comuns: Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém (porta para a Amazónia), Natal, Fortaleza, Brasília, Salvador e Recife.

Acra, Gana. Acra, a capital do Gana, oferece música, boa comida e ambiente tranquilo, perfeito para quem quer iniciar-se no continente africano. A não perder: a belíssima praia Labadi e o mercado Makola, repleto de cores e aromas tipicamente africanos.

Chicago, EUA. Os apaixonados por arquitectura não vão ficar indiferentes a Chicago. É uma das maiores cidades dos Estados Unidos da América (EUA) e é famosa pelo seu horizonte pontilhado de impressionantes arranha-céus. Vale a pena também descobrir São Francisco, cidade do norte da Califórnia com casas vitorianas e a mítica Ponte Golden Gate.

Montreal, Canadá. Apaixone-se por uma cidade que varia entre o estilo francês colonial e o moderno.

Cancún, México. Vale a pena conhecer esta cidade mexicana, famosa pelas suas praias, resorts e vida nocturna. Perfeita para umas férias de puro descanso.

Gran Canaria, Ilhas Canárias. A ilha de Gran Canaria apaixona pelas suas praias de areia branca e lava negra.

Oslo, Florença, Estocolmo, Varsóvia, Europa. Cidades vibrantes de vida, cor e luz, gastronomia e vinhos diferentes e inesperados, à espera da sua visita.

São Vicente, Cabo Verde. Provavelmente a ilha mais carismática do arquipélago de Cabo Verde. Desfrute de uns dias de descanso nas praias de água cristalina (como a Praia da Laginha, a que pode ir sem sair do Mindelo, a capital) ou na Praia Grande cuja baía forma uma espécie de piscina natural. Além das belezas naturais, a ilha é conhecida pelo Festival de Música da Baía das Gatas, que se realiza desde 1984, e que traz todos os anos a São Vicente pessoas dos quatro cantos do mundo.

Banjul, Gâmbia. Os monumentos de Banjul são verdadeiras atracções: visite o Museu Nacional da Gâmbia ou o Arco 22 para ficar a conhecer um pouco mais sobre o país. Na capital, vale ainda a pena visitar o Albert Market, no centro de Banjul. Neste mercado diário encontrará todo o tipo de frutas e vegetais coloridos, bem como artesanato local. Se tiver tempo, saia da capital para visitar o resto do território deste país que é totalmente rodeado pelo Senegal, à excepção de uma porta para o Atlântico.

Agora é só marcar o voo que o vai levar à aventura: viaje com as cores da bandeira portuguesa na TAP, com os sabores e aromas que adoramos a bordo e que convidam tantos outros povos a abraçar o nosso país. Esta é a companhia aérea que o leva ao encontro dos melhores momentos da sua vida, e de regresso para o seu abraço favorito. Vamos?


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