O workplace do futuro
Com foco no trabalhador e no ambiente, o local de trabalho do futuro é já uma realidade em certas empresas, incluindo empresas portuguesas. Descubra-o.
Já diz a velha máxima: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.” E nós acrescentamos: mudam-se, também, os métodos e os próprios locais de trabalho.
Hoje, mais do que nunca, a linha que separa a vida profissional da pessoal é ténue. Em parte, devido às novas tecnologias que nos permitem estar disponíveis à distância de uma chamada, de uma mensagem ou de um email. Mas há que saber respeitar limites. E uma empresa que se preze conhece quais são os seus, sabendo a importância de ter colaboradores satisfeitos e felizes. Mas como o conseguir? Como ter equipas motivadas? De que forma o espaço de trabalho condiciona a felicidade e produtividade dos colaboradores? Explicamos-lhe tudo no texto abaixo e apresentamos-lhe um workplace do futuro… já no presente.
Uma nova percepção de trabalho?
As relações laborais têm vindo a alterar-se ao longo do tempo. Assim como a percepção do conceito de trabalho nas nossas vidas. A pandemia de Covid-19 veio, também, mexer com esta relação. Passámos a desenvolver novos hábitos não só enquanto consumidores, mas também como trabalhadores.
O trabalho que era exclusivamente presencial conheceu a possibilidade do online. E o trabalho remoto começou a ganhar adeptos. Ainda que nem sempre vivido de igual modo, o que dantes parecia futuro tornou-se realidade. Muitos trabalhadores pararam e repensaram as suas prioridades e o que realmente os fazia felizes ou como estavam perante a sua actividade laboral.
Foi então que começaram a surgir vários colaboradores a pedirem a demissão. Para este acontecimento mundial, conhecido como a great resignation (a “grande demissão”, em português), contribuiu não só os baixos salários, mas também as poucas probabilidades de progressão e a falta de flexibilidade, entre outros factores.
É que hoje, mais do que nunca, a maioria dos colaboradores trabalha por um propósito ou por uma paixão, e não apenas por dinheiro. É por isso que as empresas devem mudar o seu paradigma, tornando-se mais atractivas para reter e contratar colaboradores.
Mas de que forma passamos deste modo de trabalho...
... para este modo de trabalho futurista?
A importância do espaço de trabalho
É verdade que o trabalho remoto ganhou adeptos. Mas será este o método preferido dos trabalhadores?
O Accenture Future of Work Study 2021 concluiu que 83% dos colaboradores em todo o mundo prefere um modelo híbrido. Tal pode ser justificável não só pela conveniência que é trabalhar a partir de casa/qualquer outro lado — o que permite uma maior flexibilidade —, como também porque nos permite regressar ao local de trabalho e rever amigos.
Sim, é verdade: as amizades profissionais existem. Lynda Gratton, professora de management practice, na London Business School, e especialista no futuro do trabalho, indicou, num podcast do World Economic Forum, que uma das principais razões que leva muitos a regressarem ao local de trabalho se prende com os amigos que aí têm. Não que se queira fazê-lo diariamente, mas apenas nalguns dias.
“Quando se está no local de trabalho, é uma oportunidade de socializar com os outros, falar sobre coisas importantes, rir ou almoçar juntos. E quando se trabalha a partir de casa, estamos mais focados no trabalho. Este tipo de narrativa é importante, mas ainda está a falhar”, revelou.
Ainda que alguns estudos apontem o regime híbrido como o futuro, há algo que não deve ser descurado: o local de trabalho. Winston Churchill disse: “Nós moldamos os nossos edifícios; depois, são eles que nos moldam a nós.” E não estava errado. Afinal, passamos grande parte do nosso tempo nos locais de trabalho, mesmo que em regime híbrido. E caso estes tenham sido construídos a pensar no presente e futuro da empresa, têm o “dom” de nos abrir a mente, conectar com os outros e incentivar à colaboração activa, por fornecerem as ferramentas e espaços necessários.
Ao contrário de outros edifícios, com menos condições, que podem ter o efeito oposto nos colaboradores. Um local de trabalho que pensa o futuro é centrado nos trabalhadores, dando-lhes respostas às suas necessidades: desde o mobiliário a espaços devidamente equipados para conferências online e offline, escritórios com dimensões mais reduzidas para espaços de conversas mais privadas ou outros para reuniões mais informais, uma boa rede de wi-fi em todo o edifício e espaço para lazer e refeição para os funcionários. As instalações do Sonae Campus, na Maia, são um bom exemplo de como se deve estruturar um edifício de trabalho, tendo no centro o colaborador .
Boa cultura de trabalho, maior produtividade
Ninguém gosta de trabalhar num ambiente desagradável, em que a falta de espírito de equipa impera e com um chefe hostil.
Não é bom para o empregador nem para a própria empresa. É que um colaborador feliz é um colaborador mais produtivo. É por isso que muitas empresas têm apostado na sua cultura. Mas o que é afinal esta cultura de empresa? É nada mais do que a soma dos sistemas, comportamentos e valores formais e informais que vai criar a experiência para os colaboradores e clientes.
Imagine que entra para uma empresa em que todos os funcionários são prestáveis e auxiliam os colegas. De certo, vai beber deste espírito e ficar contagiado. Porque essa é a cultura organizacional da empresa. E ela é importante tanto para os colaboradores como para os empregadores, pois promove um ambiente de trabalho estruturado e positivo, que contribui para o sucesso da empresa e retenção do talento. Num estudo, foi descrita a importância da cultura dentro de uma organização, uma vez que é ela que permite compreender se o “ambiente é feliz e saudável para se trabalhar”, o que pode influenciar o comportamento e a forma de trabalhar dos colaboradores. Ora num sítio onde impera a boa disposição, a felicidade espreita.
E colaboradores mais felizes são 13% mais produtivos do que aqueles que não o são, conclui outro estudo.
Assim, empresas que queiram vingar por mais anos devem fomentar a melhor cultura organizacional possível. Só desta forma conseguirão atingir objectivos de uma forma mais célere e reter o seu melhor talento. É o que acontece na Sonae, em que a cultura organizacional é estimulada. Reconhecendo a sua importância, a marca criou, em 2020, um departamento exclusivo para pensar e delinear estratégias para que os colaboradores se sintam integrados e mais felizes.
Equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional
Outra das conclusões do estudo Millennials @ Work é que esta geração estima condições de trabalho mais flexíveis, em que existe uma maior liberdade para “gerir os seus próprios horários e local de trabalho”.
Uma pesquisa, conduzida pela CEMS — The Global Alliance in Management, com 4106 profissionais a nível mundial, concluiu que embora, globalmente, o salário e o equilíbrio da vida pessoal e profissional estejam ambos ao mesmo nível de importância, nos trabalhadores com mais de 35 anos, o salário passa para segundo lugar, passando a ser mais importante o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Para os trabalhadores, este equilíbrio permite um menor stress, menor risco de burnout e grande sensação de bem-estar. Mas também o empregador tem benefícios: economiza custos, pode ter menos casos de absentismos e desfruta de uma força de trabalho mais leal e produtiva.
Um local de trabalho do futuro deve ter esta preocupação do bem-estar dos seus colaboradores. No presente, esta flexibilidade já existe em alguns locais de trabalho, sobretudo depois da Covid-19.
É o caso da Sonae, em que os colaboradores, se assim o desejarem, podem adotar medidas de "flexi-work", que incluem o trabalho remoto alguns dias por semana, a escolha do horário de trabalho, o aumento dos dias de férias ou o acesso a licenças sem vencimento, por exemplo, para perseguir projetos pessoais. Aliar a flexibilidade à conveniência torna a equação ainda mais interessante e, por isso, o Sonae Campus disponibiliza aos colaboradores mais de uma dezena de serviços dentro das instalações, que incluem ginásio, campos de padel e de futebol, gabinete de enfermagem e análises, lavagem de carro, quiosque, lavandaria, entre outros. Afinal, um trabalhador cuja vida profissional e pessoal estão equilibradas é um trabalhador mais feliz, logo, mais produtivo.
Os novos escritórios da Worten, empresa de retalho de electrónica do grupo Sonae, são também um espelho desta filosofia. Localizados no World Trade Center, em Lisboa, os espaços de trabalho são adaptados - e adaptáveis - a diferentes necessidades e objectivos, sem esquecer os momentos de pausa e descontracção.
Sustentabilidade: o futuro das empresas... e de todos
Ouvimos com frequência que não há um planeta B.
Por isso, urge salvar o que temos, com a adopção de medidas mais sustentáveis. Ban Ki-moon, antigo secretário da Organização das Nações Unidas (ONU), aquando do lançamento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), referiu as empresas como um parceiro vital para alcançar estes objectivos. E elas podem fazê-lo não só através das suas actividades e na definição dos seus objectivos, como também ao incentivar os seus colaboradores a adoptarem um estilo de vida mais sustentável.
No Sonae Campus, esta realidade já acontece. Além dos painéis solares para utilização de energia, o espaço está equipado com balneários e locais de estacionamento de bicicletas, incentivando, assim, os seus trabalhadores a deslocarem–se por este meio. Na verdade, o próprio campus disponibiliza algumas bicicletas para utilização interna, mas caso os trabalhadores queiram seguir o seu caminho até casa numa delas, é possível levarem-nas.
Mas falar de sustentabilidade é falar, também, da arquitetura do próprio edifício. Os materiais que o compõem, a qualidade do ar e da água, o conforto técnico e acústico, o tipo de luz, a vista, a decoração. Um local de trabalho sustentável é aquele que, não descurando o conforto e bem-estar dos trabalhadores, tem o menor impacto ambiental possível.
A sustentabilidade é um tema quente. Sobretudo para a geração Millennial (nascida entre 1983 e 2000), a principal população activa no mercado de trabalho. De acordo com o estudo Millennials @ Work, umas das expectativas desta geração para com as empresas é que valorizem o tema da sustentabilidade. Por isso, empresas que se comprometem com esta temática têm mais facilidade em atrair e reter talento.
Desta forma, acaba por ser uma win-win-win situation.
Ganham as empresas, os colaboradores e o ambiente.
O local de trabalho do futuro é um conceito em constante mudança, mas em Portugal, essa mudança já pode ser vivida na primeira pessoa.
CONTEÚDO COMERCIAL