Mecenato e investimento social: o impacto das empresas na sociedade

Contribuir para o bem comum é um factor importante para uma sociedade mais coesa e mais forte. Mas se a entreajuda era um factor dominante nas comunidades mais pequenas do início da história da humanidade, os tempos modernos criaram um certo distanciamento que tornou evidente a necessidade de apoiar as camadas mais desprotegidas da sociedade.

E todos temos o nosso papel, incluindo as empresas.

Longe vai o tempo em que o papel das empresas se remetia apenas à venda de produtos/serviços com vista ao lucro. Actualmente, também elas têm um lugar preponderante na criação de valor social. Como? Através do mecenato e de outros tipos de apoio a instituições, indivíduos ou projectos.

No que toca às comunidades envolventes, o mecenato por parte das empresas promove um maior acesso à cultura e ao conhecimento; estímulos à criatividade e inovação; e o desenvolvimento comunitário, sobretudo em populações mais desfavorecidas.

Tudo isto contribui para a criação de uma sociedade mais equitativa e justa.

Áreas de mecenato

Na sua génese, o mecenas era a pessoa que apoiava e promovia a actividade artística e cultural. Hoje, este significado expandiu-se também a colectividades que apoiam, mediante donativos, entidades públicas ou privadas com acções relevantes para o desenvolvimento da sociedade, em diferentes áreas. Entre elas:

Cultura

Apoio a projectos ou instituições de âmbito cultural.

Ambiente

Apoio a projectos ou instituições que zelam pela sustentabilidade ambiental.

Educação

Apoio a projectos ou instituições relacionadas com a educação.

Mecenato Cultural
Trata-se do contributo de pessoas individuais ou empresas para o desenvolvimento da cultura de um país. Este tipo de mecenato consiste em donativos a instituições de âmbito cultural, como museus, companhias de dança, teatros, entre outros. Desta forma, é possível a cultura chegar a um público mais alargado, graças à possibilidade de realização de mais espectáculos, exposições ou outras formas de trabalho das instituições culturais.

Mecenato ambiental

Também as associações e instituições com actividades relacionadas com a defesa do ambiente podem beneficiar de donativos, em dinheiro ou em espécie, de entidades mecenas. Entre outras actividades, podem incluir-se projectos de reflorestamento, conservação de espécies ameaçadas, educação ambiental ou pesquisa científica. Os mecenas deste tipo de instituições demonstram, assim, os seus valores e preocupações relativamente ao meio ambiente.

Mecenato educacional

Visa promover o acesso, a qualidade e a inovação na educação, contribuindo para o desenvolvimento educacional e o sucesso dos estudantes. O mecenato educacional pode ser feito através de bolsas de estudos ou do apoio em espécie ou dinheiro do mecenas a instituições relacionadas com educação.

Mecenato Cultural
Trata-se do contributo de pessoas individuais ou empresas para o desenvolvimento da cultura de um país. Este tipo de mecenato consiste em donativos a instituições de âmbito cultural, como museus, companhias de dança, teatros, entre outros. Desta forma, é possível a cultura chegar a um público mais alargado, graças à possibilidade de realização de mais espectáculos, exposições ou outras formas de trabalho das instituições culturais.

Mecenato ambiental

Também as associações e instituições com actividades relacionadas com a defesa do ambiente podem beneficiar de donativos, em dinheiro ou em espécie, de entidades mecenas. Entre outras actividades, podem incluir-se projectos de reflorestamento, conservação de espécies ameaçadas, educação ambiental ou pesquisa científica. Os mecenas deste tipo de instituições demonstram, assim, os seus valores e preocupações relativamente ao meio ambiente.

Mecenato educacional

Visa promover o acesso, a qualidade e a inovação na educação, contribuindo para o desenvolvimento educacional e o sucesso dos estudantes. O mecenato educacional pode ser feito através de bolsas de estudos ou do apoio em espécie ou dinheiro do mecenas a instituições relacionadas com educação.

Um exemplo de mecenas

A preocupação de dar de volta à comunidade levou Belmiro de Azevedo, fundador do grupo Sonae, a desenvolver, desde sempre, o mecenato. O que acontece ainda hoje no grupo. Através do Sonae For All — um programa que junta várias iniciativas de responsabilidade corporativa do grupo —, a Sonae apoia por via do mecenato (e não só) projectos em várias áreas, de onde se destaca a educação.

É o que acontece com os serviços educativos da Casa da Música e da Fundação de Serralves, ambos no Porto. Ao ser mecenas de ambas as instituições, a Sonae chega aos públicos que entende que devam ser beneficiados, com a vantagem de colaborar com parceiros com o know-how necessário na área.

Com a Casa da Música desde o seu início (sendo membro fundador), a Sonae foi mais além ao juntar-se ao projecto artístico e educativo da instituição. Ambas partilham a visão de que o património cultural e educacional é um elemento preponderante para a promoção de uma sociedade mais inclusiva, capaz e resiliente.

Esta partilha de valores também acontece com a Fundação de Serralves (da qual a Sonae é, também, fundadora). Graças ao mecenato da Sonae, a Fundação tem conseguido desenvolver programas que abrangem diferentes públicos e que promovem e incentivam o reconhecimento e desenvolvimento de quem neles participa: as pessoas.

Criação de valor social em números

+ €31 milhões

Valor com que a Sonae contribui, em 2022, quer em termos financeiros, quer em género, enquanto mecenas.

+1500

Número de organizações que, em 2022, beneficiaram do mecenato e voluntariado do grupo Sonae.

+ 3000

Horas de voluntariado de colaboradores Sonae, apenas em 2023.

Criar valor social: uma acção para bem de todos

Criar valor social é fundamental para a sociedade. Não só conecta empresas e organizações com indivíduos, instituições e causas, como — acima de tudo — promove o bem-estar social, cultural, ambiental e educacional. E o mecenato, através do apoio financeiro, material e humano, cria esse valor social, impulsionando iniciativas com impacto significativo nas áreas de actuação.

Mas o mecenato vai além da parte económica. Ele permite a partilha de conhecimento, de experiências e de redes de contacto.

Permite que mecenas e quem recebe o seu apoio fortaleçam laços, ampliando o impacto positivo nas iniciativas apoiadas.

Investimento social e mecenato

De há uns tempos a esta parte, mais do que falar-se de mecenato fala-se de investimento social. Não é por acaso. As empresas, em particular na Europa, têm adoptado este conceito por terem um maior envolvimento a quem prestam auxílio, com o objectivo de gerar um maior nível de impacto social.

“Enquanto o mecenato se traduz num incentivo financeiro ou o patrocínio de actividades sociais, culturais ou ambientais, sem pressupor um acompanhamento regular ou uma medição de impacto, no investimento social são vários os princípios que orientam a relação com a comunidade, tais como: um forte envolvimento, financiamento adaptado, apoio não financeiro, apoio plurianual, criação de capacidades organizacionais, medição de impacto e envolvimento em networks”, explica Marta Vian Santos, partner da Sair da Casca — parceiro estratégico da Sonae na área de corporate social responsibility.

O investimento social começou por surgir devido ao aparecimento de fundos específicos dedicados ao impacto social e/ou ambiental, assim como pela “conclusão generalizada de que a filantropia tradicional funciona bem para dar resposta a emergências, mas não para contribuir para solucionar problemas instalados, em que é precisa uma resposta mais estruturada”, adianta Marta.

O retorno do investimento social

Falar em investimento remete-nos, de imediato, para retorno, ou não estivesse esta palavra tão associada ao mundo da banca. Mas no mundo social, ganha outra “dimensão”. O retorno é definido, à partida, pelo investidor juntamente com a organização que pretende apoiar, em que pretende investir.

“Devem ser definidos os objetivos, os indicadores e os resultados que se pretende atingir”, explica Marta Vian Santos. Posteriormente, deve ser monitorizado todo o processo, para se perceber se realmente as metas estão a ser atingidas. Estas são, em parte, o retorno do investimento social.

“Em alguns casos, os objectivos podem ser monetizados (em poupança de custos, por exemplo), mas, à partida, não existe a definição de um retorno financeiro esperado. Nesse caso, entramos já no domínio do investimento de impacto, que utiliza diferentes instrumentos financeiros (dívida, equity, normalmente capital paciente) e define um retorno”, adianta a consultora.

No caso do grupo Sonae, o retorno do investimento social que faz em determinados projectos é medido através da avaliação do impacto que estes têm na sociedade. Esta avaliação pode ser uma atividade complexa e à qual é necessário dedicar-se recursos. Por isso, Marta Vian Santos deixa a ressalva: “É importante garantir a proporcionalidade do esforço, ou seja, que não se está a investir mais recursos na avaliação do que na actividade em si."

Sonae: um mecenas e investidor social

Ser mecenas e investidor social ao mesmo tempo é possível. Estes são, na verdade, dois papéis que a Sonae tem vindo a desempenhar em prol da sociedade: enquanto mecenas, tem contribuído, desde a sua criação, para a resolução de problemas nacionais; e, mais recentemente, tem-se posicionado ao investir em projectos sociais, muitos deles com parceiros de longa data, outros, com novos parceiros.

Para Marta Vian Santos, o investimento social do grupo Sonae “passa, sobretudo, por assumir um novo espírito na relação com as entidades que apoia, com um acompanhamento mais profundo e um maior foco no impacto que pode ser alcançado”.

Exemplo deste comprometimento são o lançamento de projectos como o “Prémio Sonae Educação” ou o envolvimento no “Portugal Inovação Social”, em conjunto com o parceiro Teach for Portugal. Porque através do investimento social e do mecenato é possível contribuir para uma sociedade mais justa e equitativa.

Saiba mais sobre os projectos de responsabilidade social da Sonae

Aqui

CONTEÚDO COMERCIAL