20 anos de um vinho que conta a história do Douro

Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca

O Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca, hoje sob a alçada da Aveleda desde 2017, nasce de uma vinha plantada em 2004 por Cristiano van Zeller, para assinalar a chegada à maioridade da filha Francisca.

Idealizado como um tributo às castas tradicionais portuguesas e, sobretudo, aos sabores da fruta madura da região do Douro, assume-se como um vinho pensado para o futuro, mas que não esquece o saber dos antigos que ali criaram um terroir único, maioritariamente ocupado por vinhas velhas.

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Se antigamente era o conhecimento empírico que dominava a plantação de vinhas, hoje, explica Diogo Campilho, director de enologia da Quinta Vale D. Maria, “a criação de um vinho é um processo intensivo, pensado em pormenor desde a idealização até ao produto final, tal qual uma obra de arte”.

O Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca é, por isso, resultado de um conhecimento profundo do terroir onde nasceu, da sua história e geografia, tendo como missão recuperar castas autóctones que andavam esquecidas pelo sector.

“Este é, sem dúvida, um vinho que resulta de uvas resistentes e persistentes.”

As vinhas não são regadas e, por isso, as uvas, amadurecem naturalmente, respondendo às exigências que a amplitude térmica do Douro impõe. “Daí dizermos que é um vinho que resulta de uvas resistentes e persistentes”, diz José Carlos Fernandes, director de viticultura. Este pensamento estratégico, acrescenta, “foi determinante para chegarmos ao vinho que hoje temos: identitário e que se caracteriza pela elegância e final de boca prolongado”.

Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca

Os Números

4,5 HECTARES

4,5 hectares de vinha plantada.

5 CASTAS NACIONAIS

São elas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Sousão, Rufete e Tinta Francisca. No terreno, são misturadas ordenadamente, colhidas e vinificadas ao mesmo tempo.

190 A 230 METROS DE ALTITUDE

As vinhas da Francisca são plantadas entre 190 e 230 metros de altitude, com exposição a Sul e Sudoeste.

7 A 10 DIAS

São entre 7 e 10 dias o tempo de fermentação do Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca.

20 MESES

Tempo de estágio em barricas de carvalho francês.

AS CASTAS

Ao longo do tempo, muito por pressão das tendências de mercado, perderam-se algumas das uvas que escreviam o ADN do Douro e deu-se lugar a outras mais consensuais, mais bem estudadas e mais previsíveis. Mas a vontade de fazer diferente e bem feito, incentivou um certo regresso às origens da região e a vontade de trazer de volta algumas castas tradicionais da região. É o caso do Sousão, que apesar de ter origem na zona dos Vinhos Verdes, era muito usada no Douro por imprimir potência e complexidade aos vinhos.

O Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca revela as várias camadas da cor da vinha.

Conhecida como “a casta tintureira”, a ela se deve a cor intensa do Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca, favorecida pela força da Touriga Franca e temperada pela suavidade e elegância do Rufete – uma uva bastante mais exigente em termos de evolução, por ser de maturação tardia. No entanto, explica José Carlos Fernandes, “quando atinge o ponto certo, é uma uva muito aromática e delicada, e com bom potencial de envelhecimento em garrafa”.

A COR

Apesar de uma cor intensa, José Carlos Fernandes explica que esta “é bastante menos austera que a de um vinho mais novo”, uma vez que o resultado da cor se deve ao encontro de cinco castas em que cada uma apresenta uma tonalidade muito identitária. “Tal qual uma receita de cozinha, em que se juntam várias especiarias para chegar ao tempero certo, este Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca revela as várias camadas da cor da vinha, sobretudo graças à densidade do Sousão, casta tintureira por natureza, e à leveza do Tinta Francisca, que equilibra a intensidade da cor”, clarifica o director de viticultura.

O AROMA

“Extremamente complexo e ao mesmo tempo muito elegante, é um vinho cujo nariz vai evoluindo durante a prova”. É assim que Diogo Campilho, director de enologia, começa por apresentar o aroma deste vinho. Deste aroma destaca a concentração de fruta preta madura, como a cereja, a ameixa, a framboesa e a groselha, “identitária dos vinhos produzidos na Quinta Vale D. Maria”.

No final da prova, explica, o aroma do Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca revela-se ligeiramente perfumado com uma mineralidade evidente.

O SABOR

“Numa primeira prova, sente-se imediatamente a frescura dos taninos, sendo, por isso, um vinho muito surpreendente”. Natália Bissuli Melo, gestora de marca e produto na Aveleda, ao falar do Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca, destaca a força da fruta preta, que vai passeando pelas papilas gustativas, e que, já no final, revela um travo adocicado de baunilha e madeira. “Neste vinho tão especial, prima pela subtileza”, explica ainda.

A Tinta Francisca - originária de Trás-os-Montes, mas encontrada em grande quantidade nas vinhas velhas do Douro - tem a missão de expressar o terroir, conferindo a este vinho um perfil elegante, de acidez moderada, frescura equilibrada, com notas florais, especiarias e fruta vermelha, com taninos suaves e bem integrados e corpo macio e aveludado.

Eleito por dois anos consecutivos como o melhor vinho nacional, no Concurso Vinhos de Portugal,
o Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca levará elegância e frescura à sua mesa.

CONTEÚDO COMERCIAL