"A tenacidade de um repórter, o tacto de um político, a lógica de um advogado, o carisma de um 'entertainer', a compaixão de um pai. Acrescente-se uma pequena dose de anfitrião de 'talk show' e aí temos Jerry Springer". É com estas palavras que abre, num "site" de Internet, o texto com a biografia de um dos mais mordazes apresentadores de televisão da actualidade.

Quando entra em estúdio, o público delira e grita o seu nome. Jerry Springer criou uma máquina que o ultrapassou.

Nascido em 1944 em Inglaterra, numa família que escapou à perseguição dos judeus, mudou-se para Nova Iorque aos cinco anos. Formou-se em Ciência Política e Direito e o seu primeiro trabalho foi na campanha eleitoral de Robert Kennedy, em 1968. Nove anos mais tarde, mergulhando ele próprio no universo político, conquistou a câmara de Cincinnati com a maior margem da história da cidade, aos 33 anos de idade. Abraçou depois o jornalismo, foi apresentador, editor e comentador televisivo, actividades que lhe valeram cinco Emmys.

Foi conselheiro da fundação Audrey Hepburn e criou ele mesmo um fundo de apoio a crianças desfavorecidas. Publicou Ringmaster, um livro sobre os bastidores do programa que o colocou nos píncaros e que leva o seu nome. Teve uma aparição no filme Austin Powers 2 e agora admite que o cinema não está fora dos seus horizontes. Eis Jerry Springer, uma estrela de 57 anos.

Elisabete Vilar