Wolfgang Amadeus Mozart

Quase três meses depois do início da Colecção Royal Philarmonic, o PÚBLICO despedese desta série com um nome incontestável da história da música: Wolfgang Amadeus Mozart. “É o melhor compositor do mundo”, disse o músico Joseph Haydn, enquanto Johann Adolf Hasse defendia que era “um génio demasiado perigoso para a mediocridade dos seus companheiros de profissão”. “Possuía um gosto invulgar, que entrava em contradição com a vulgaridade em que os seus contemporâneos preferiam viver.”
Mozart nasceu em 1756, na cidade austríaca de Salzburgo. Aos cinco anos escreveu as suas primeiras composições e, pouco tempo depois, começou a apresentar as suas obras em concertos. O pai, Leopold Mozart, violinista na corte de Salzburgo, estava convicto de que o seu filho podia ser um grande músico e fez tudo para isso: deu-lhe aulas, organizou concertos por toda a Europa, arranjou-lhe diversos professores. A sua obsessão era de tal modo grande que Mozart nunca podia brincar com outras crianças: o pai considerava isso “tempo perdido” e obrigava-o a estar sempre a estudar música.
Admirado pela sua inteligência e criatividade, Mozart conquistou desde cedo a simpatia do público e da crítica. Reis, imperadores, príncipes, nobres, músicos e até mesmo o Papa prestaram tributo ao menino-prodígio que foi Mozart. Anos mais tarde, já adulto, o compositor instalou-se em Viena. Ocupava-se, então, com a produção de sinfonias ou actuações com piano e orquestra. A música de câmara e a ópera também foram géneros muito cultivados por Mozart, cujas principais referências eram Haydn e Johann Sebastian Bach.

Uma ópera escrita com “sangue”
Com uma música que quebrou as convenções do classicismo vienense e inaugurou o movimento romântico, Mozart assinou verdadeiras obras-primas. É disso exemplo a ópera A Flauta Mágica, a última escrita pelo músico. Composta em 1791 a partir do libreto do seu amigo Emmanuel Schikaneder, Mozart é desafiado a compor uma ópera em que os recitais são falados em vez de cantados. Para os biógrafos Jean e Brigitte Massin, Mozart costumava escrever com uma “exaltação eufórica”, mas A Flauta Mágica foi feita com “o seu sangue”. Na época, o músico atravessava graves dificuldades económicas e tinha perdido um dos seus filhos. Curiosamente, a ópera é uma das mais alegres que Mozart alguma vez escreveu.
Antes, de passagem por Linz, na Áustria, onde tinha agendado um concerto, Mozart apercebeu-se que não tinha nenhuma música para estrear ali e compôs Sinfonia Nº36 em Dó Maior, Linz. Pouco tempo depois, escreveu também a Sinfonia Nº39 em Mi Bemol Maior. Ambas as obras revelam uma grande mestria no tratamento dos temas e das formas, parecendo provar uma maior profundidade de pensamento. Com um extraordinário ouvido e imaginação, Mozart compôs mais de 500 obras e tem influenciado gerações de músicos. Morreu em 1791, em Viena.





 

 

 

 

Wolfgang Amadeus Mozart

É um nome incontestável na história da música. Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em 1756 na cidade austríaca de Salzburgo e tinha apenas cinco anos quando escreveu as suas primeiras composições.
Filho de Leopold Mozart, violinista na corte de Salzburgo, Mozart teve uma infância invulgar. Apercebendo-se do talento do filho, Leopold começou a dar-lhe aulase tornou-se muito exigente, organizando concertos para a apresentação do jovem Mozart em algumas das mais eminentes capitais da Europa, como é o caso de Munique, Genebra ou Paris. Em 1781, com 25 anos, Mozart instala-se em Viena e ocupa
o seu tempo com a produção de sinfonias
ou actuações com piano e orquestra, que
lhe valem os aplausos da crítica. A música de câmara e a ópera são géneros muito cultivados pelo compositor, que assinou
verdadeiras obras primas, de que são
exemplo As Bodas de Figaro, A Flauta Mágica ou Requiem. A amizade com músicos
como Michael Haydn por exemplo, exerce um grande fascínio sobre o jovem
Mozart. Outra das suas claras influências
foi Johann Sebastian Bach, que determina
uma mudança importante nas composições dos seus últimos anos. Em Mozart tudo era
genial: a sua facilidade para a música, o
seu extraordinário ouvido, a sua inesgotável imaginação. No fi nal da sua vida, pode mesmo dizer-se que foi responsável por revolucionar a música do classicismo vienense e inaugurar o movimento romântico.
Ao todo, escreveu mais de 500 obras. Morreu em 1791, em Viena, na mais completa miséria.