A princesa Marina Seminova morre nos braços de Corto Maltese, que não perdoa a Rasputine tê-la atingido mortalmente. O comboio do ouro russo parece estar ao seu alcance, mas depois os acontecimentos precipitam-se e o herói acaba por travar um combate decisivo com o sanguinário Semenoff. Ainda mal refeito desta refrega, assiste a um episódio bem revelador da crueldade de Ungern Khan, ex-oficial do exército imperial russo que gosta de citar Coleridge e ouve atentamente o seu xamã tibetano predizer o curto tempo de vida que lhe resta. Corre o mês de Fevereiro de 1920 quando o marinheiro de Malta é ferido na destruição do comboio do general Chang, algures na região de Manchuli ou do lago Dalai Nor. Apesar disso, e segundo o testemunho cruzado de amigos e conhecidos, consegue chegar a Hong- Kong na primeira quinzena de Março, partindo pouco tempo depois para a província chinesa de Kiang-Si. É numa bela manhã de Abril que Corto Maltese encontra pela última vez Xangai-Li, militante revolucionária reconvertida à actividade docente na nova escola de Kiang. Assim termina, junto ao lago P’o-Yang, o segundo volume da banda desenhada “Corto Maltese na Sibéria”, que será distribuído com o PÚBLICO na próxima segunda-feira (15 de Novembro).
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