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"Serenata
à Chuva" de Stanley Donen e Gene Kelly, 1952
Por RUI PEDRO
VIEIRA
Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2005
No final da década de 40, com a invenção e a consequente popularidade da televisão, a sétima arte procurou novas fórmulas para evitar o declínio do número de espectadores. As produções musicais esplendorosas foram a resposta certa para restituir a sua componente de espectáculo e "Serenata à Chuva", a obra-prima que tornou Gene Kelly numa lenda, tornou-se, desde essa altura, no melhor exemplo deste género ficcional, com momentos de pura magia. Don Lockwood (Kelly) e Lina Lamont (Jean Hagen) são duas estrelas célebres do cinema mudo que, em 1927, têm de lidar com o aparecimento dos filmes sonoros. Os produtores decidem avançar com a ideia de fazer um musical, só que Lina tem uma voz pouco afinada. É então que entra em cena Kathy Selden (Debbie Reynolds), uma aspirante a actriz que aceita dobrar a voz da protagonista. No meio, há um romance a despontar e a sequência musical mais famosa de sempre: o instante em que Lockwood canta e dança, numa noite chuvosa, a melodia que dá título ao filme.
Nomeado para os Óscares de melhor actriz secundária (Jean Hagen) e melhor banda sonora, "Serenata à Chuva" liga o romance às mais perfeitas sequências musicais, combinadas com uma sátira inteligente e deliciosa aos meandros de Hollywood.
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"O Mundo a Seus Pés"
DE ORSON WELLES
"Um clássico que revolucionou a indústria artística, nos seus reflexos de testemunho e de onirismo. A partir dele, nada se adiantou - sobre os desígnios do poder, a influencia dos meios de comunicaçao, a vagabundagem visionária, os mistérios e os fantasmas da infância..." |
"As Duas Feras"
DE HOWARD HAWKS
"O exemplo perfeito das 'screwball comedies', num requinte de ambiguidades morais e sexuais. Um prodígio quanto a narrativa e ao diálogo, ao tempo de acçao, aos efeitos de surpresa, ao absurdo dos artifícios, ao carisma extravagante dos intérpretes." |
"Os Dominadores"
DE JOHN FORD
"Uma vibrante celebraçao da saga 'western', tendo John Wayne num dos seus mais formidáveis desempenhos, com a fenomenal reavaliaçao de Ford, em que ao envolvimento de massas se recorta, afinal, o vulto solitário dos protagonistas." |
"King Kong"
DE MERIAN C. COOPER E
ERNEST B. SCHOEDSACK
"Épico do terror-fantástico, e um dos clássicos primordiais de culto, mantém um sortilégio essencial: em magia, exotismo, aventura, 'suspense', pulsao erótica em que se transcende o mito entre a bela e o monstro. Eis o espectáculo virtual por excelencia."
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