O que estou a ver?
 

A câmara está apontada para um ninho de grifo, na zona do Tejo Internacional, na Beira Baixa.

mapa

Este ninho foi ocupado por um casal de grifos nos últimos cinco anos e foi o escolhido para este projecto, pois tinha à partida uma probabilidade mais alta de vir a ser ocupado nesta época de nidificação, que deveria começar em finais de Novembro, princípios de Dezembro.

Desde meados de Novembro que um abutre (macho ou fêmea, não sabemos) tem vindo a visitar o local e a colocar paus e ramagens, como o objectivo de reconstruir o ninho (sempre tosco) que foi deixado em meados de Agosto pelo casal de grifos anterior. Esse casal teve uma cria, que abandonou o ninho nessa altura.

Para espanto de todos os envolvidos neste projecto, o animal que tem aparecido isolado no ninho não é um grifo, como o nosso projecto sempre quis: é um raríssimo abutre de Ruppell, uma espécie do Norte de África, cuja nidificação na Europa foi apenas registada uma vez.

No dia 7 de Janeiro de 2008, de manhã, foram observados pela primeira vez dois grifos juntos no ninho, um macho e uma fêmea, que copularam várias vezes e ajeitaram os paus do ninho. A existência de repetidas cópulas no ninho foi a razão porque decidimos lançar este projecto no dia 14 de Janeiro de 2008, uma vez que parece claro que o casal está finalmente constituído.

No dia 8 de Janeiro, apareceu novamente no ninho, isolado, o abutre de Ruppel.

Nos próximos dias saberemos quem são os ocupantes finais deste ninho, uma vez que a postura costuma ocorreu cerca de uma/duas semanas depois de um cópula com sucesso.

grifos

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