Álvaro e Baiano (Las Palmas)
suspensos por seis meses
Quarta-feira,
13 de Junho de 2001
A Real Federação Espanhola
de Futebol (RFEF) decidiu suspender por seis meses os brasileiros
Álvaro Luiz Maior e Dermival Almeida (Baiano), acusados
de terem feito a sua inscrição com passaportes
portugueses falsos. No entanto, a RFEF recusou o pedido do
Racing de Santanter, com vista ao "congelamento"
da classificação da I Liga, em virtude de vários
clubes terem alinhado esta época com jogadores cujos
passaportes contém irregularidades.
Álvaro e Baiano estão no
centro da guerra lançada pelo Santander. O clube espanhol
já se encontra despromovido à II Liga, mas exige
que a derrota (2-1) frente ao Las Palmas, a 29 de Outubro,
seja anulada e que os três pontos lhe sejam entregues,
visto que, nessa altura, os dois brasileiros ainda actuavam
como jogadores comunitários, escudados pelos passaportes
falsos (a I Liga espanhola permite a utilização
simultânea de apenas três não comunitários).
Para endurecer o protesto, o Racing de
Santander ameaçou faltar ao jogo da penúltima
jornada (o Numancia e o Osasuna ameaçaram fazer o mesmo),
mas acabou por não cumprir a ameaça e perdeu
por 2-1, em casa do Málaga.
Apesar do "não" ao Santander,
a RFEF executou a sua primeira suspensão relativa ao
escândalo dos passaportes falsos, depois de uma primeira
fase em que se limitou retirar as licenças de trabalho
aos jogadores.
O paraguaio Delio Toledo (Espanyol),
o argentino Gustavo Bartlet (Rayo Vallecano) e o costa-marfinense
Idrissa Keita (Oviedo) candidatam-se a sofrer a mesma sanção
que Álvaro e Baiano.
Entretanto, e segundo o jornal "Marca",
os dois jogadores reafirmaram a sua inocência e esperam
que o seu clube recorra da sanção. 

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