Brasileiro Dida pode ser suspenso
dois anos
Segunda-feira,
11 de Junho de 2001
Dois anos de suspensão para o guarda-redes
brasileiro Dida e mil milhões de liras (cerca de cem
mil contos, meio milhão de euros) de multa para o seu
clube, o Milan, é a pena pedida pelo ministério
público italiano, no âmbito do processo dos passaportes
comunitários falsos.
Este pedido junta-se ao já apresentado,
horas antes, para a Sampdória, da II Divisão:
um ano de suspensão para o cabo-verdiano Mekongo Ongoa
e para os camaroneses Francis Ze e Job.
Os processos do Milan e da Sampdória
foram hoje examinados pela comissão disciplinar da
Liga Profissional de futebol, reunida em Milão, que
já analisara, segunda-feira, os casos do Vicenza e
da Roma. Para a Sampdória foi pedida uma multa de três
mil milhões de liras (cerca de 300 mil contos ou 1,5
milhões de euros), bem como três anos de suspensão
para o ex-director geral Emiliano Salvarezza, dois para o
presidente Enrico Mantovani, um e meio para o director desportivo
Domenico Arnuzzo e um para o dirigente Pierluigi Ronca.
As petições de hoje, a
par das formuladas segunda-feira, reforçam a ideia
de que a justiça desportiva no caso dos passaportes
falsos não adoptará medidas que influam nas
classificações da Liga italiana.
Segunda-feira, foi pedido dois anos de
suspensão para o brasileiro Fábio Júnior
e para o argentino Gustavo Bartelt, ambos da Roma, e para
os brasileiros do Vicenza Jeda e Dedé, do Vicenza.
Ao Roma e ao Vicenza foram aplicadas multas de mil milhões
de liras.
A orientação de punir os
jogadores com penas de um ou dois anos de suspensão
pode ser especialmente gravosa para alguns futebolistas, que
assim ficarão de fora do Mundial de 2002. É
o caso de Dida, titular da selecção do Brasil
na recente Taça das Confederaçãos, e
provavelmente do argentino Juan Sebastian Verón (Lazio)
e do uruguaio Álvaro Recoba (Inter), cujos processos
serão examinados nos próximos dias. 

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