Andreu Dalmau/EFE (arq)
  O Espanyol é uma das equipas acusadas de fazer «concorrência desleal»
 

Classificação da I e II Divisões espanholas ameaçadas
Terça-feira, 12 de Junho de 2001

As classificações da I e II Divisões espanholas estão a ser ameaçadas por vários dirigentes de clubes dessas competições, na sequência das alegadas irregularidades de equipas que actuaram nas provas com jogadores "falsos comunitários". Como em França, há clubes que ameaçam seguir a via judicial para obter o "congelamento" das classificações.

Na I Divisão, os presidentes do Racing de Santander e do Numancia, já despromovidos matematicamente à II Divisão, pediram à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) que "congele" as classificações desta temporada, sendo que esta proposta pode ser reforçada pelo apoio do Osasuna, que garantiu que se se confirmar a descida de divisão - está muito perto disso a uma jornada do final - enveredará pelo mesmo caminho.

Estes clubes sentem-se prejudicados pelo Espanyol, Oviedo, Rayo Vallecano e Las Palmas, que alinharam com jogadores falsos comunitários, ou seja, com passaportes falsos de cidadania europeia.

Acusando-os de fazerem concorrência desleal, os autores desta acção pretendem que sejam retirados os pontos àquelas equipas dos jogos em que foram utilizados os jogadores em situação irregular. Em alternativa, pedem que não haja despromoções esta temporada.

Segundo a AFP, a situação é semelhante na II Divisão. O Bétis, o Tenerife e o Atlético de Madrid lutam pelos dois lugares que o já promovido Sevilha deixou em aberto para a subida de escalão e o presidente do Bétis, Manuel Ruiz de Lopera, já anunciou que se a sua equipa não se apurar "no campo" accionará uma acção "na justiça" contra a utilização irregular de Barata, brasileiro que actuou com passaporte falso italiano pelo Tenerife.

Os dirigentes do Atlético – de que Futre é director geral e em que actuam Dani e Hugo Leal – ainda não se pronunciaram sobre a matéria, mas não fecharam a porta à adopção da posição anunciada por Lopera.

A RFEF espera uma decisão judicial sobre o assunto e vai reunir-se sexta-feira para analisar esta situação.

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