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  Pablo Escobar foi o mais célebre dos barões da droga colombiana
 

A droga
Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2002

A droga ocupa um papel nevrálgico no conflito civil colombiano que está agora no seu 38º ano. Desde que o negócio das drogas começou a florescer nas décadas de 70 e 80, este tornou-se no principal motor da guerra, alimentando a máquina militar das guerrilhas e dos paramilitares. Alguns políticos também escondem ligações obscuras com este mundo.

São milhões de dólares que entram anualmente nos cofres destas entidades, permitindo a aquisição das mais modernas armas e equipamento de comunicações.

A expansão deste negócio deu origem nos anos 80 a poderosos barões da droga, dos quais o mais famoso foi Pablo Escobar, à frente do influente cartel de Medellin.

A droga produzida na Colômbia é responsável por 90 por cento da cocaína e 70 da heroína que entra nos Estados Unidos.

O combate ao narcotráfico foi o pretexto para um gigantesco plano de ajuda norte-americano ao Governo colombiano para que este elimine os grupos que detêm este negócio. Em 1998, a Administração Clinton aprovou um pacote de ajudas de 1,3 mil milhões de dólares, destinado exclusivamente a este combate.

Mas esta ajuda traz à memória de muitos a ingerência dos Estados Unidos na América Latina nos anos 70 e 80. A opinião da esquerda nacional e estrangeira é de que o combate à droga patrocinado pelos Estados Unidos visa, acima de tudo, acabar com grupos esquerdistas na América Latina e reocupar a sua influência numa zona, rica em recursos naturais, dos quais se destaca o negócio do petróleo, explorado por empresas norte-americanas. De acordo ainda com esta linha de pensamento, o problema da droga deve ser atacado na sua origem, oferecendo alternativas aos muitos pequenos agricultores que se dedicam à produção de droga apenas porque não encontram outro meio de subsistência.

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