Uma ilha, duas realidades económicas
Por
T.T.
Terça-feira, 29 de Junho de 2001
A Economia do Chipre está fortemente
condicionada pela divisão da ilha. O Norte é
muito mais pobre do que o Sul, em grande parte devido ao estrangulamento
económico e isolamento provocado pelo embargo internacional.
Além disso, também é duramente afectado
pelas convulsões na Turquia, o único país
que reconhece a independência do Norte do Chipre. Por
outro lado, existe uma forte dependência do investimento
turco. Todavia, há quem se queixe que os únicos
beneficiados são os próprios turcos, que recuperam
todo o dinheiro investido. A maioria da população
trabalha na agricultura ou para o Estado. O Norte tem de lidar
também com a fuga de cérebros, a emigração
dos que têm mais habilitações. Segundo
números oficiais, há mais cipriotas turcos no
estrangeiro (uns 300 mil, sobretudo na Inglaterra e na Austrália)
que no Chipre.
A economia da República do Chipre
(parte Sul), classificado pelo Banco Mundial como um país
de elevado rendimento, é muita mais próspera,
mas nem por isso invulnerável aos choques externos,
antes pelo contrário. Por outro lado, as variações
no número de turistas que visitam a ilha (cerca de
três milhões por ano) repercutem-se no crescimento
da economia da ilha. Nos últimos anos, as políticas
económicas têm visado acima de tudo o cumprimento
dos critérios de convergência da União
Europeia, o que tem feito com apreciável sucesso.
Desde 1 de Janeiro de 1999, a libra cipriota está alinhada
pelo euro.
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