Diário da guerra - dia 19

O cerco a Bagdad fechou- se, com as forças americanas a garantirem o controlo de todas as entradas da cidade. A infantaria entrou no centro e tomou o Palácio da República. Pelo menos dois “marines” morreram nos combates pelo controlo de uma ponte no Sudeste da cidade. Os bombardeamentos prosseguiram durante todo o dia, fazendo pelo menos 14 mortos.

O Presidente George W. Bush chegou à Irlanda do Norte onde hoje continua reunido com o primeiroministro britânico, Tony Blair. Na agenda dos dois líderes está a guerra e a estratégia a seguir depois de esta estar acabada.

O secretário da Defesa americano diz que Saddam Hussein “já não governa muito do país”, embora a sua localização seja desconhecida. f Kofi Annan disse esperar que as Nações Unidas desempenhem um importante papel no pós-guerra. O secretário-geral da ONU vai durante esta semana ao Reino Unido, à França, à Alemanha e à Rússia.

O chefe do Comando Central americano, general Tommy Franks, visitou as forças mobilizadas no Iraque em três localizações diferentes.

A 101ª Divisão Aerotransportada diz controlar Kerbala, no Centro, 90 quilómetros a sul de Bagdad. As forças britânicas, por seu turno, começaram a instalar-se em Bassorá.

O general Ali Hassan al- Majid, primo de Saddam Hussein, comandante de todo o Sul do país, pode ter sido morto num ataque aéreo à sua casa em Bassorá, informaram responsáveis americanos e britânicos.

No Norte, guerrilheiros curdos avançam com unidades de forças americanas em direcção à terceira maior cidade do Iraque, Mossul.

Dois jornalistas, um alemão da revista “Focus” e um espanhol do diário “El Mundo”, morreram depois de um ataque iraquiano a um centro de comunicações americano a sul de Bagdad. Perto de Najaf, dois jornalistas polacos foram detidos por iraquianos armados. Desde o início da “Operação Liberdade Iraquiana”, a 19 de Março, já morreram oito jornalistas

Organizações de apoio humanitário receiam que civis fiquem presos em Bagdad à medida que os confrontos se intensificam.