Diário da guerra - dia 11 Estrategas citados pela revista “New Yorker” acusam o secretário da Defesa americano de ter ignorado sucessivos avisos em relação à ligeireza das forças mobilizadas no Iraque e de ter recusado adiar o início da ofensiva até que o contingente que deveria ter entrado pela Turquia chegasse ao Kuwait. Donald Rumsfeld garante que o plano em marcha é o mesmo desde o primeiro dia e que “foi aprovado por todos os que o viram”. No terreno, a capital iraquiana foi ontem alvo dos mais intensos e pesados bombardeamentos desde que a guerra começou. Ao fim do dia, quatro mísseis atingiram o centro do Bagdad.
No Norte do país, forças aliadas atacaram posições iraquianas em Kalac. Um comandante curdo assegurou que “o exército iraquiano está acabado”. Sírios chegaram a Mossul para combater contra a coligação. A Al-Jazira mostrou imagens dos voluntários, munidos de armas e retratos do Presidente iraquiano. “Venham todos, árabes, combater por esta terra e sacrificar a vossa alma pelo Islão.” Enquanto as atenções estão concentradas no avanço das tropas a partir do sul, forças especiais americanas mobilizaram-se dis-cretamente no Oeste do país, onde instalaram pistas de aterragem e outras bases. O Comando Central americano revelou que estas unidades atacaram durante a noite de sexta-feira para sábado uma base de comandos iraquianos. Um homem envergando roupas civis conduziu uma carrinha de caixa aberta contra um grupo de soldados que se encontravam à porta de um armazém na base militar de Camp Udairi, no Kuwait, ferindo 15 pessoas.
O comandante máximo da guerra no Iraque, o chefe do Comando Central americano, general Tommy Franks, desmentiu uma pausa nas operações e descreveu a campanha em curso como “verdadeiramente notável.” |