Diário da guerra - dia 9 Depois de ter sofrido um dos piores dias de bombardeamentos desta guerra, Bagdad foi novamente atingida numa zona civil. Mísseis disparados pelas forças anglo-americanas caíram ao princípio da noite num mercado, provocando entre 30 e 50 mortos. Antes, durante o dia, os “raides” visaram a sede do partido Baas, provocando a morte de pelo menos oito civis, os quartéis da Guarda Republicana e centros de telecomunicações. O Comando Central americano explicou estar “a degradar a capacidade do regime de comandar e controlar as acções das forças militares iraquianas”.
Mais acima, Bassorá, a segunda maior cidade do Iraque, continua sob cerco das forças anglo-americanas. No interior, milícias iraquianas resistem, tendo ontem atirado sobre civis que tentavam fugir. Centenas de famílias foram apanhadas entre fogo cruzado. Soldados americanos e britânicos continuam sem conseguir entrar em Nasiriyah, Najaf e Kerbala, as grandes cidades do Sul no caminho até Bagdad.
Na ainda inexistente “frente Norte” da guerra, combatentes curdos continuam a avançar em direcção a Kirkuk, ocupando posições que vão sendo abandonadas por soldados fiéis ao Presidente iraquiano. O Pentágono fez mais um balanço das baixas, colocando o número de mortos entre as forças norte-americanas em 28.
Os protestos contra a guerra continuam a ritmo diário. No Irão, pela primeira vez desde o início da intervenção militar anglo-americana no Iraque, dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se contra as lideranças dos EUA, Reino Unido e Israel.
|