Diário da guerra - dia 5

Autocarros de voluntários saíram de Síria em direcção a Bagdad para se juntarem às forças do Presidente iraquiano, Saddam Hussein.

O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, disse que os Estados Unidos têm "provas" de que "companhias russas têm dado assistência e 'hardware' interdito" ao regime iraquiano.

Os Estados Unidos reconheceram que um helicóptero Apache foi abatido durante uma operação no interior do Iraque, mas que os outros 30 a 40 que participiram na mesma acção voltaram à sua base.

O secretário norte-americano de Defesa, Donald Rumsfeld, admitiu a possibilidade de as forças americanas bombardearem a televisão e as estações de rádio iraquianas.

O comandante das forças americanas, Tommy Franks, declarou numa conferência de imprensa que a coligação está a atingir os seus objectivos de progressão de forma "rápida", e às vezes "dramática".

A agência oficial síria Syrian anunciou que cinco civis sírios foram mortos por um míssil americano perto da fronteira iraquiana.

Saddam Hussein apareceu na televisão iraquiana a afirmar que "a vitória está próxima". O ministro britânico da Defesa disse horas depois que o que a estação transmitiu foi uma gravação.

O ministro iraquiano dos Negócios Estrangeiros, Naji Sabri, desde domingo no Cairo, pediu a realização de uma cimeira urgente da Liga Árabe.

A Rússia apelou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para se reunir e promover discussões sobre a "legalidade"da guerra no Iraque.

As autoridades de Defesa australiana anunciaram que um comando australiano destruiu um silo de mísseis dentro do território iraquiano.

A Presidente das Filipinas, Gloria Arroyo, anunciou a expulsão do país de dois elementos da embaixada do Iraque em Bagdad, um deles um diplomata.

As forças aliadas bombardearam pela primeira vez uma das posições iraquianas, no Norte, Chamchamal, junto do território controlado pelos curdos.

Um comandante curdo disse que está em preparação uma "grande operação" contra as forças de Saddam no norte.