Professor - Thomas
Keneally (n. New South Wales, Austrália, em 1935) estudou
teologia em Sidney, mas deixou a religião duas semanas
antes da ordenança para padre. A igreja, diz, "recusou-se
a mudar ao longo dos tempos". Tornou-se professor. Leccionou
Teatro na Universidade de New England, Austrália, no
final dos anos 60, e, mais tarde, na Universidade de Nova
Iorque, entre 1988-90.
Escritor - É hoje um dos mais importantes escritores
australianos, mas só conheceu o sucesso comercial com
o terceiro livro, "Bring Larks and Heroes" (1967).
Em 1972, publicou "The Chant of Jimmie Blacksmith",
considerado o melhor romance australiano do ano, um retrato
das relações raciais entre os brancos e os aborígenes
na Austrália. A obra foi adaptada para cinema em 1978,
por Fred Schepisi, filme em que Keneally entra como actor.
Em 1981, publica o controverso "Schindler's Ark",
considerado por muitos mais uma reportagem do que uma obra
de ficção, que recebe o Booker Prize. Viajou
largos anos por todo o mundo, o que lhe proporcionou aventuras
e imagens para os seus romances: em 1987 foi à Eritreia,
sob protecção da Frente de Libertação
do país, para depois escrever um romance sobre a guerra
entre a Etiópia e a Eritreia, "Toward Asmara",
de 1988. Escreveu inúmeros contos, peças e romances.
Político - As questões raciais, os conflitos
armados, a imigração são problemáticas
que sempre preocuparam Keneally, como revelam os seus romances
e artigos publicados em jornais. Fundou, em 1991, o Australian
Republic Movement (que presidiu até 1993), organização
que defende a ruptura de laços entre a Austrália
e o Reino Unido. "Etnicamente, já não somos
britânicos", diz, recusando a dependência
da Commonwealth.
Algumas obras do autor:
"The Place at Whitton" (1964)
"The Survivor" (1969)
"Blood Red, Sister Rose" (1974)
"Season in Purgatory" (1976)
"Confederates" (1979)
"The Playmaker" (1987)
"Flying Hero Class" (1991)
"Woman of the Inner Sea" (1993)
"An Angel in Australia" (2002)
"The Tyrant's Novel" (2003)
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