A conferência climática das Nações Unidas, que começou a 7 de Dezembro, viveu hoje em Copenhaga o primeiro dia de negociações já na presença de vários ministros.
No plenário que serviu para fazer o ponto da situação dos trabalhos, no Bella Center, os responsáveis reconheceram as duas propostas de textos-base para um novo acordo climático mundial, apresentadas ontem, como “um contributo para perspectivar o novo acordo político”, contou Nuno Lacasta, negociador nacional em Copenhaga.
“As próximas 72 horas serão de negociações intensas, complexas e difíceis”, admitiu o responsável. A “intenção de todos é ter o maior número possível de desenvolvimento antes da chegada dos líderes” a Copenhaga, a partir de quinta-feira.
Em cima da mesa para discussão estão novas metas para a redução das emissões de gases com efeito de estufa pelos países desenvolvidos, a contribuição dos países em desenvolvimento e a questão do financiamento às medidas de adaptação e mitigação junto dos mais pobres.
Hoje ainda se sentiam profundas divergências entre ricos e pobres. O G77 mostrou-se preocupado com a falta de progressos dos trabalhos e insistiu na continuação do Protocolo de Quioto, o único tratado que obriga os países ricos a reduzir as suas emissões e que expira em 2012. Por isso querem que este se mantenha, pelo menos até ser assinado um novo tratado.
O financiamento também está a gerar algum ruído, com os países em desenvolvimento a considerar “insignificantes” as propostas a curto prazo feitas anteontem pela União Europeia. O bloco europeu avançará com 7,2 mil milhões de euros de 2010 a 2012.
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