1943
Depois de já ter pertencido ao Movimento de Unidade Nacional Anti-Fascista (MUNAF), integra a Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática (MUD), sob a presidência de Mário Azevedo Gomes.
1946
Funda o MUD Juvenil e torna-se membro da sua primeira Comissão Central.
1949
No mesmo ano em que casa na prisão com Maria Barroso, é secretário da Comissão Central da Candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República.
1951
Licencia-se em Ciências Histórico Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
1955
Integra o Directório Democrático-Social dirigido por António Sérgio, Jaime Cortesão e Azevedo Gomes.
1957
Licencia-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
1958
É membro da Comissão da Candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República.
1961
Torna-se redactor e signatário do Programa para a Democratização da República.
1964
Funda em Genebra, com Manuel Tito de Morais e Francisco Ramos da Costa, a Acção Socialista Portuguesa (ASP).
1965
Candidata-se a deputado pela Oposição Democrática.
1968
É deportado, sem julgamento, para a ilha de São Tomé. A oposição ao Estado Novo fez com fosse preso 12 vezes, tendo cumprido um total de 3 anos de cadeia.
1969
Candidata-se a deputado pela Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD).
1970
Exila-se em França, onde lecciona na universidades de Paris IV, Sorbonne, Paris VIII, Vincennes, e Alta Bretanha, em Rennes.
1973
Torna-se num dos fundadores do Partido Socialista e assume o papel de secretário-geral desta força política.
1974
Três dias depois da Revolução dos Cravos, a 28 de Abril, regressa de Paris no denominado “Comboio da Liberdade”. Dois dias depois, recebe em Lisboa Álvaro Cunhal e, apesar das divergências ideológicas, ambos percorrem a Avenida da Liberdade e a Baixa Pombalina de braço dado. Em Maio desse mesmo ano, é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiro do I Governo Provisório, presidido por Adelino da Palma Carlos. Conservará este cargo até Março de 1975 apesar das sucessiva quedas dos governos provisórios, assumindo um papel fundamental no processo de independência das colónias portuguesas.
1975
O PS vence as eleições para a Assembleia Constituinte. Mário Soares demite-se do IV Governo Provisório, onde desempenhava o cargo de ministro sem pasta, em protesto pelo chamado “caso República” e pelo que acreditava ser a tentativa de perversão totalitária da revolução.
1976 – Depois do Partido Socialista vencer as eleições para a Assembleia da República, Mário Soares torna-se primeiro-ministro do I Governo Constitucional que será derrubado em Dezembro deste mesmo ano.
1977
Participa no processo de adesão de Portugal à então CEE.
1978
Após um acordo de âmbito parlamentar entre o PS e o CDS é formado o II Governo Constitucional no qual assume o cargo de primeiro-ministro. Em Julho desse mesmo ano, o Presidente da República, Ramalho Eanes, exonera Mário Soares, sendo que o II Governo Constitucional termina o seu mandato a 29 de Agosto.
1980
É reeleito secretário-geral do PS e é aprovado o documento Dez anos para mudar Portugal – Programa PS para os anos 80.
1983
PS vence as eleições legislativas com uma maioria de 36% e uma pequena vantagem sobre o PSD que alcançara os 27,2%. Os socialistas e os sociais-democratas acordam a existência de um governo de coligação que é liderado por Mário Soares que se torna assim o primeiro-ministro do IX Governo Constitucional. A coligação do chamado Bloco Central chegaria ao fim em 1985.
1985
Como primeiro-ministro subscreve o Tratado de Adesão à CEE.
1986
É eleito Presidente da República e renuncia aos cargos de secretário-geral do PS e de deputado.
1991
É reeleito para um segundo mandato como Presidente da República Portuguesa, cargo que ocupa até 1996.
1999
É eleito como deputado no Parlamento Europeu, cargo que desempenha até 2004.
2005
Candidata-se a um terceiro mandato como Presidente da República mas perde para Cavaco Silva nas eleições de 22 de Fevereiro de 2006.
2007
É nomeado para presidente da Comissão de Liberdade Religiosa.
2009
Torna-se patrono do International Ocean Institute.
2010
É nomeado presidente do Júri do Prémio Félix Houphouet-Boigny da UNESCO que distingue personalidades ou instituições que contribuíram para a manutenção da paz no mundo.