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29 de Maio
8.º Volume
Rã no Pântano
Escrito em 1959, Rã no Pântano, de António de Almeida Santos, na altura advogado a exercer em Lourenço Marques (actual Maputo), foi proibido pelo regime de Salazar sem grande surpresa para o autor. Requisitado para censura, no relatório justifica-se que “são nove contos, sete dos quais contém assuntos de índole imoral e anti-social, motivo por que entendo que o presente livro não possa circular no País”. “O meu livro foi apreendido, se bem ajuízo, por razões de intolerância política e de intolerância religiosa. Não sei qual das intolerâncias pesou mais. Talvez a soma de ambas. Quem hoje o ler não encontrará razões para ele ter merecido tamanha honra”, disse o político em 2004.
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O autor
António de Almeida Santos
Jurista e político português, nasceu em Seia, a 15 de Fevereiro de 1926. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e logo se fixou em Moçambique onde exerceu a advocacia até 1974, ano em que regressou a Portugal a convite do Presidente da República António de Spínola. Após o 25 de Abril, foi ministro da Coordenação Interterritorial dos I, II, III e IV Governos Provisórios com o estatuto de independente e ocupou cargos determinantes nos Governos Constitucionais que se seguiram. Desempenhou um papel determinante na primeira Revisão Constitucional em 1982 e, mais tarde, em 1988/1989. Em Outubro de 1995 é nomeado para o cargo de presidente da Assembleia da República. É autor de mais de uma dezena de livros, incluindo ensaios jurídicos.
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