Em O Barba Azul, de 1947, Chaplin é Henri Verdoux, um velho bancário que foi despedido. Em tempo de crise, não consegue encontrar emprego. Para sustentar a sua mulher e filho, decide entrar no negócio de seduzir velhas solteironas endinheiradas, insinuar-se na sua confiança e contas bancárias e depois “despachá-las” antes de partir para outras conquistas.
Determinado em ser bem-sucedido neste novo ramo de acção, deixa os escrúpulos de lado e inventa para si mesmo uma profissão que exige muitas viagens e o leva a criar múltiplas vidas, divididas entre várias cidades. No dia em que se vai casar com a inocente e rica Marie Grosnay, uma das suas “mulheres”, Annabella Bonheur, está, coincidência, entre os convidados. Começa aí o princípio do fim da carreira do vigarista que passa a estar na mira da polícia. O actor Rui de Carvalho escreveu o prefácio do oitavo volume da colecção.
