Volume 2 - 26 de Abril
OS CARVALHAIS
Um património a conservar


Dizem-nos os botânicos que Portugal já foi em tempos um território coberto de florestas de carvalhos,
sobretudo nas regiões a Norte do Tejo. No entanto, quem percorre as paisagens do nosso país tem alguma dificuldade em encontrar vestígios dessa floresta do passado. Neste volume reúnem-se informações sobre
as três principais espécies de carvalhos stricto sensu do nosso país: o carvalho-português, o carvalho-negral
e o carvalho-roble, constituindo cada uma delas uma parte distinta e independente do volume. Mais
do que descrever cada espécie em si, interessou-nos sobretudo descrever as formações que constituem,
ou seja, os diferentes tipos de carvalhal.

A justificação de um volume com uma série de textos dedicados aos carvalhais reside assim na necessidade
de informar e consciencializar o público português sobre estas formações florestais, hoje em dia tão pouco representadas na nossa paisagem. Um outro aspecto que pretendemos que tivesse uma presença marcante prende-se com o papel dos carvalhais ao nível da manutenção da biodiversidade, pelo que são bastante extensas as referências às plantas e aos animais que habitam as florestas de carvalho.

Os autores convidados a escrever o presente volume são reconhecidos especialistas, representando por isso o melhor do conhecimento disponível em Portugal sobre cada um dos temas. De entre todos os autores há
a destacar a colaboração do Prof. João Paulo Carvalho, que tomou a seu cargo a chefia da redacção da maioria dos textos que integram os capítulos referentes ao carvalho-negral e ao carvalho-roble.

Tão importantes quanto os textos são as fotografias que aqui se apresentam, numa tentativa de mostrar
ao leitor o esplendor das paisagens que hoje em dia já temos muita dificuldade em encontrar. O nosso convite ao leitor é, assim, para que aprenda com os textos e para que desfrute das imagens, na esperança que dessa forma mais pessoas possam saber apreciar o nosso património florestal natural.

Nota: Este volume teve o apoio do Instituto do Ambiente e da Companhia das Lezírias.